EUA e aliados saúdam o acordo de saída da crise assinado hoje no Sudão

Os Estados Unidos da América, a Noruega, o Reino Unido, os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita saudaram hoje a assinatura de um primeiro acordo para pôr fim à crise política no Sudão, numa declaração conjunta.

sudao, mapa

© iStock

Lusa
05/12/2022 13:54 ‧ 05/12/2022 por Lusa

Mundo

Sudão

"Este é um primeiro passo crítico para o estabelecimento de um Governo liderado por civis e para o estabelecimento de disposições constitucionais que guiem o Sudão através de um período de transição conducente a eleições", lê-se numa declaração divulgada pelo departamento de Estado norte-americano.

"Saudamos os esforços das partes para assegurar o apoio de uma vasta gama de atores sudaneses a este acordo-quadro" e "o seu apelo a um diálogo contínuo e inclusivo", acrescentaram.

"Instamos todos os atores sudaneses a empenharem-se neste diálogo com urgência e de boa fé", afirmaram, notando que "o exército deixou clara a sua prontidão para se retirar da política".

Os líderes militares e civis do Sudão assinaram hoje um primeiro acordo com o objetivo de pôr fim à profunda crise política que abala o país pobre do nordeste africano, desde um golpe de Estado há mais de um ano.

No entanto, várias das principais forças políticas dissidentes do Sudão boicotaram o acordo, incluindo a rede de base pró-democracia do Sudão, conhecida como o Comité da Resistência, que se tem recusado continuamente a negociar com os generais no poder.

Muitos dos antigos líderes rebeldes, que formaram o seu próprio bloco político, também rejeitaram o acordo, argumentando que este serve apenas os interesses dos militares e das Forças de Liberdade e Mudança. O acordo, cujo esboço foi visto pela Associated Press, prevê o afastamento dos militares da política.

O acordo surge após múltiplas tentativas de quebrar o impasse desde que o chefe do exército, Abdel Fattah al-Burhane, tomou o poder e expulsou os líderes civis.

O golpe do general Burhane em 25 de outubro de 2021 descarrilou uma difícil transição para o regime civil instalada após a expulsão em 2019 do ex-presidente Omar al-Bashir, que tinha permanecido no poder durante quase três décadas.

Desde então, tem havido protestos quase semanais contra o golpe no país, que foi atingido por uma crise económica e um aumento da violência inter-étnica.

Leia Também: Militares e civis sudaneses assinam acordo para pôr fim à crise política

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