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Líder do Congo pede a rebeldes que se rendam ou serão expulsos

O Presidente da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, e o mediador da Comunidade da África Oriental para o conflito com o Movimento 23 de Março (M23), avisaram que "grupos estrangeiros que não se rendam" serão "expulsos à força".

Líder do Congo pede a rebeldes que se rendam ou serão expulsos
Notícias ao Minuto

15:46 - 17/11/22 por Lusa

Mundo Congo

Num comunicado divulgado hoje pela Comunidade da África Oriental (EAC, na sigla em inglês), na sequência de um encontro entre Tshisekedi e o ex-presidente queniano Uhuru Kenyatta, sublinha-se que ambos "reafirmam o compromisso de garantir que grupos armados estrangeiros que não se rendam voluntariamente e regressem aos seus países de origem sejam expulsos à força do território da República Democrática do Congo (RDCongo)".

Os dois pediram também a "todos os cidadãos da RDCongo" que "se juntem ao processo de Nairóbi, liderado pela EAC, para restaurar a paz e a segurança no leste da RDCongo e lançar as bases para uma prosperidade coletiva sustentável no país e em toda a região da África Oriental".

O comunicado foi divulgado no âmbito dos combates ocorridos nos últimos dias na província do Kivu do Norte (leste), que têm permitido o avanço do M23 no território de Nyiragongo, concretamente com a captura de Kibumba e Buhamba, segundo o portal de notícias Actualité.

Fontes médicas citadas por este portal de notícias da RDCongo afirmaram que "a maior parte das áreas habitadas" dessas cidades estão "nas mãos dos rebeldes".

"As Forças Armadas retiraram-se e os rebeldes estão numa colina da região de Ribiranga", especificaram.

Por sua vez, o Governo francês condenou a ofensiva do M23 "com a maior firmeza" e pediu ao grupo que "se retire imediatamente de todas as áreas que ocupa".

O Ministério dos Negócios Estrangeiros francês apelou "a todos os grupos armados" para uma "cessação dos combates" e "participação no processo de desarmamento".

"A França reitera o seu apoio aos esforços diplomáticos regionais para promover o fim da tensão e a resolução da crise, no quadro dos processos de Nairobi e Luanda", lê-se no comunicado emitido pela diplomacia gaulesa, no qual promete "dar o seu apoio a esses esforços".

O M23 é acusado desde novembro de 2021 de realizar ataques contra posições do Exército da RDCongo em Kivu do Norte, sete anos depois dos rebeldes e Kinshasa terem alcançado uma trégua.

Peritos das Nações Unidas acusaram Uganda e Ruanda de apoiar os rebeldes, mas os dois países negam a acusação.

O conflito gerou ainda uma crise diplomática entre a RDCongo e o Ruanda, país que Kinshasa acusa de apoiar o M23, embora Kigali tenha rejeitado essas acusações e acusado, por sua vez, o país vizinho de apoiar o movimento rebelde Forças Democráticas de Libertação do Ruanda (FDLR).

Leia Também: Combates entre rebeldes e o exército fazem 234.500 deslocados na RDCongo

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