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Iraque. "Medidas diplomáticas de alto nível" após bombardeamentos do Irão

O Iraque anunciou hoje que tomará "medidas diplomáticas de alto nível" depois de o Irão ter atacado com artilharia e 'drones' (aeronaves não-tripuladas) várias zonas da região autónoma do Curdistão iraquiano, fazendo vários mortos e feridos.

Iraque. "Medidas diplomáticas de alto nível" após bombardeamentos do Irão
Notícias ao Minuto

19:40 - 14/11/22 por Lusa

Mundo Iraque

O Ministério dos Negócios Estrangeiros iraquiano anunciou em comunicado que "adotará medidas diplomáticas de alto nível sobre esta questão, sem hesitação, para preservar e salvaguardar a soberania do Iraque e para garantir a segurança do seu povo".

O ministério condenou também "energicamente" esta ação "unilateral e hostil" por parte do país persa, que habitualmente realiza ataques contra o norte do Iraque, e declarou que este tipo de atos representa uma "ameaça permanente".

A Missão de Assistência das Nações Unidas no Iraque (UNAMI) condenou igualmente a ação, que classificou como "um ataque à soberania" do país árabe.

A Guarda Revolucionária da República Islâmica bombardeou hoje as sedes de partidos curdos opositores ao Irão na zona de Arbat, no norte do Iraque, o que causou a morte de uma pessoa e "ferimentos em dezenas", disse uma fonte militar curda citada pela agência de notícias espanhola EFE a coberto do anonimato.

Por seu lado, a agência Tasnim, próxima da Guarda Revolucionária iraniana, disse que a ação foi realizada contra "grupos terroristas e separatistas" no Curdistão iraquiano por promoverem "distúrbios e agitação ao longo da fronteira" do país.

O Irão tem bombardeado zonas curdas do norte do Iraque desde o início dos protestos que abalam o país, após a morte da jovem curda iraniana Mahsa Amini, de 22 anos, violentamente agredida e detida pela "polícia da moral" a 13 de setembro, em Teerão por, apesar de envergar o 'hijab' (véu islâmico), este deixar à vista parte do seu cabelo. Foi hospitalizada já em coma e morreria três dias depois, a 16 de setembro.

Teerão acusa grupos curdos de apoiarem os protestos em curso e tentarem aproveitar o caos para concretizar os seus próprios objetivos, ao passo que o Iraque denunciou os ataques ao seu território e inclusive convocou o embaixador iraniano em Bagdad em finais de setembro.

Os curdos são a minoria étnica sem Estado próprio mais numerosa do mundo, formada por 30 milhões de pessoas, instaladas sobretudo na Turquia, no Irão, no Iraque e na Síria.

Leia Também: Um morto e dez feridos em ataque iraniano a curdos no Iraque

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