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MP belga assume investigação de ataque que matou polícia na Bélgica

O ataque com uma faca em Bruxelas, que resultou esta quinta-feira na morte de um polícia e ferimentos em outro, está a ser investigado pela procuradora federal belga, responsável pelas questões de terrorismo.

Notícias ao Minuto

23:13 - 10/11/22 por Lusa

Mundo Bélgica

"Nós assumimos o caso, porque há suspeita de motivação terrorista, que obviamente terá que ser confirmada ou descartada pela investigação", explicou Eric Van Duyse, porta-voz do Ministério Público, à agência France-Presse (AFP).

O suspeito do ataque, atingido a tiro após o incidente, foi detido e hospitalizado.

Durante o ataque, dois polícias foram esfaqueados e ficaram feridos, sendo que um deles não sobreviveu, depois de ter sido atacado no pescoço, segundo os 'media' belgas.

A ministra do Interior belga, Annelies Verlinden, condenou o "drama horrível" e a "violência inaceitável", através das redes sociais.

Já o primeiro-ministro, Alexander De Croo, prestou homenagem ao polícia morto e a toda à classe "que arriscam as suas vidas diariamente para garantir a segurança dos cidadãos".

O ataque ocorreu por volta das 19:15 (18:15 em Lisboa), no município de Schaerbeek, em Bruxelas, no distrito de Gare du Nord.

Durante a ocorrência, um dos polícias pediu reforços e um agente de uma outra patrulha utilizou a sua arma de serviço para "neutralizar o agressor", explicou a polícia belga.

O jornal Het Laatste Nieuws noticiou que o suspeito "fez ameaças contra a polícia" no início do dia, numa esquadra de outro município de Bruxelas.

Um sindicato da polícia referiu na rede social Facebook que tinha informações de que uma pessoa tinha ido à polícia no início do dia fazer ameaças sobre um ataque, acrescentando que as autoridades judiciais não o detiveram.

Os 'media' belgas divulgaram também que o atacante gritou "Allahu akbar", a frase em árabe para "Deus é grande", durante o ataque.

Desde 2016, ano dos ataques 'jihadistas' em Bruxelas (32 mortos em 22 de março), a Bélgica foi palco de vários ataques contra soldados e policias.

O último ataque considerado "terrorista" ocorreu em Liège (leste) em 29 de maio de 2018, quando Benjamin Herman, um delinquente radicalizado de 31 anos, matou a tiro dois polícias e um estudante enquanto gritava várias vezes "Allah Akbar", acabando por ser abatido a tiro pela polícia.

Em 25 de agosto de 2017, um homem de trinta anos de origem somali atacou soldados com uma faca, causando ferimentos leves num deles, enquanto gritava "Allahu Akbar" no coração do centro de Bruxelas.

Um ano antes, em 06 de agosto de 2016, um argelino residente na Bélgica atacou duas polícias com uma faca de grandes dimensões em frente à esquadra de Charleroi (sul), enquanto gritava "Allah Akbar", ferindo-as no rosto e no pescoço antes de ser baleado. O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou a responsabilidade pelo ataque no dia seguinte.

Leia Também: Polícia morre esfaqueado em possível ataque terrorista em Bruxelas

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