Um míssil hipersónico tem a característica de se deslocar a velocidades superiores 6.000 quilómetros/hora, cinco vezes a velocidade do som (Mach 5).
"Este míssil balístico hipersónico pode contrariar escudos de defesa antiaérea. Poderá passar por todos os sistemas de defesa antimísseis", disse o responsável, citado pela agência Fars.
Segundo Hajizadeh, "este míssil, que tem como alvo os sistemas antimísseis inimigos, representa um grande salto geracional no campo dos mísseis".
Vários países estão a tentar desenvolver esta tecnologia, que Moscovo alegou ter usado em combate no início da sua ofensiva na Ucrânia.
O anúncio ocorre quando os ocidentais tentam há mais de um ano relançar o JCPOA, o acordo nuclear de 2015 entre as grandes potências e Teerão.
Este acordo, destinado a impedir o Irão de adquirir armas atômicas em troca do levantamento de sanções internacionais, está em suspenso desde a retirada unilateral, em 2018, dos Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, o que levou à liberatação progressiva por parte de Teerão das suas obrigações.
As negociações, que já estavam num impasse, parecem agora impossíveis.
No passado dia 5 de novembro, o Irão também anunciou que tinha testado "com sucesso" um foguetão capaz de transportar satélites para o espaço.
Os governos ocidentais temem que os sistemas de lançamento de satélites incorporem tecnologias intercambiáveis com as usadas em mísseis balísticos capazes de lançar uma ogiva nuclear, que o Irão sempre negou querer construir.
O Irão insiste que o seu programa espacial é apenas para fins civis e de defesa e que não viola o acordo de 2015 ou qualquer outro acordo internacional.
Leia Também: Coreia do Norte falha lançamento de míssel balístico intercontinental