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Wall Street fecha em alta animada por possível desaceleração da Fed

A bolsa nova-iorquina fechou hoje em alta, com os investidores satisfeitos com os resultados empresariais apresentados e a perspetiva de a Reserva Federal (Fed) abrandar a sua política monetária com o aproximar do fim do ano.

Wall Street fecha em alta animada por possível desaceleração da Fed
Notícias ao Minuto

23:21 - 24/10/22 por Lusa

Mundo Wall Street

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 1,34%, atingindo o seu nível mais alto desde há um mês e meio, o tecnológico Nasdaq progrediu 0,86% e o alargado S&P500 avançou 1,19%.

"As ações (norte-)americanas avançaram graças à ideia que a Fed vai carregar no travão depois da reunião da próxima semana", estimou Edward Moya, da Oanda.

Ao fim de semanas de turbulência, os rendimentos obrigacionistas estabilizaram hoje. O dos títulos federais a 10 anos estava em 4,24%, depois dos 4,21% de sexta-feira.

Mas os investidores esperam que a Fed suba a sua taxa de juro de referência em 75 pontos-base na próxima reunião do seu comité de política monetária (FOMC, na sigla em Inglês), o que a colocaria no intervalo entre 3,75% e quatro por cento.

O índice PMI de atividade industrial nos EUA saiu em baixa nítida em outubro, com 49,9 pontos depois dos 52,0 de setembro, no que é o seu nível mais baixo desde há 28 meses, isto é, desde o início da pandemia do novo coronavírus.

Já o índice PMI do setor dos serviços registou uma contração acentuada.

Estes dois indicadores reforçam a tese de que a economia dos EUA está a arrefecer, o que pode incitar a Fed a alterar a sua trajetória.

Para Andy Kapyrin, da Regent Atlantic, o início da época dos resultados está a revelar-se "menos mau do que os investidores esperavam", o que "alimenta a sua confiança".

Apesar de duas sessões consecutivas em alta em Wall Street, os analistas não estão particularmente entusiasmados. "Para mim, trata-se de um movimento contracorrente", disse Nick Reece, da Merk Investments. A médio prazo, previu, o mercado "vai voltar a cair para mínimos do ano", enquanto "a economia ai entrar em recessão no próximo ano".

Entre as cotadas, a Twitter, que fechou com um ganho de 3,27%, começou uma semana decisiva para o seu futuro.

A Luísa do Estado do Delaware com o dossier do contencioso com Elon Musk deu a este até sexta-feira para finalizar a aquisição da empresa da rede social homónima. "Continuamos a pensar que a transação vai fazer-se esta semana", tinham avançado na sexta-feira os analistas da Wedbush Securities.

Sinal de que os investidores favorecem a aquisição da Twitter por Musk, a cotação da empresa está próxima do valor proposto por Musk, de 54,20 dólares por ação.

Já a Tesla recuou (1,49%), o que foi visto como expressão da inquietação de alguns investidores e analistas com a eventual venda de mais ações por parte de Musk, diretor-geral do construtor de veículos elétricos, bem como de possíveis interferências do dossier Twitter na gestão do grupo.

As sociedades chinesas cotadas em Wall Street conheceram um mau dia, no dia seguinte à consolidação do poder por parte do presidente chinês, Xi Jinping: a Alibaba perdeu 12,51%, a JD.com 13,02% e a Pinduoduo 24,61%. Também a Yum China, que controla as marcas KFC, Taco Bell e Pizza Hut na China, fechou com perdas, de 13,96%.

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