Macron reagia em Bruxelas à demissão da primeira-ministra britânica, anunciada hoje ao início da tarde, com Liz Truss a renunciar ao cargo de líder do Partido Conservador (CP).
Truss adiantou que deixará a chefia do Governo assim que for escolhido um sucessor.
"Não quero entrar na vida política do povo britânico. Encontrei-me com Liz Truss em várias ocasiões e conversamos esta semana. Tínhamos uma relação de trabalho que estava a ser construída. Espero, de qualquer forma, que o Reino Unido encontre a estabilidade e avance o mais rapidamente possível. É bom para nós e para a nossa Europa", declarou o chefe de Estado francês ao chegar à cimeira dos líderes da UE que se realiza hoje e sexta-feira.
Truss explicou que hoje de manhã se encontrou com Graham Brady, presidente do Comité de 1922 -- que reúne deputados "conservadores" sem pasta -- e que ambos concordaram na realização, na próxima semana, de eleições internas nos conservadores para escolher um sucessor.
Nas últimas horas, "disparou" o número de deputados conservadores que pediam a renúncia, o que tornou insustentável a continuidade de Truss à frente do executivo.
Truss estava na corda bamba desde a apresentação do seu plano fiscal, a 23 de setembro, com um enorme corte de impostos, o que semeou o caos nos mercados e despertou a desconfiança na economia britânica.
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