Itália. Salvini e Berlusconi realçam necessidade de "um governo sólido"
Os líderes da Liga, Matteo Salvini, e do Força Itália (FI), Silvio Berlusconi, realçaram hoje a necessidade de "dar a Itália um governo sólido", numa reunião na casa do antigo primeiro-ministro italiano em Ancore, em Milão.
© Getty Images
Mundo Itália
"É necessário dar a Itália um governo sólido e de alto nível que seja capaz de enfrentar desafios complicados, começando com a emergência decorrente dos preços recordes de energia, em breve", afirmaram, numa declaração conjunta.
No documento, os partidos indicaram que o diálogo foi "cordial" e os dois dirigentes reiteraram o seu "propósito comum com Giorgia Meloni".
A força motriz do triunfo da coligação foi o partido de extrema-direita Irmãos de Itália (FdI), de Giorgia Meloni, que está prestes a tornar-se na primeira mulher a ocupar o cargo de primeiro-ministro de Itália.
De acordo com os resultados finais, o FdI venceu as eleições de domingo com 26% dos votos, e a coligação que lidera, juntamente com a Liga, também de extrema-direita, de Matteo Salvini, e o Força Itália, de Silvio Berlusconi, obteve uma clara maioria no parlamento.
A Liga, de Salvini, conquistou 8,8% dos votos (em vez dos 13% de 2018), e o Força Itália, do ex-primeiro-ministro Berlusconi, 8,1% (14% em 2018), segundo os números do Ministério do Interior, citados pela agência de notícias francesa AFP.
A coligação destes três partidos e de uma formação mais pequena com menos de 01% obteve 43,8% dos votos.
Estes resultados da coligação de direita e extrema-direita liderada por Meloni traduzem-se em 237 dos 400 lugares na Câmara dos Deputados, e em 115 dos 200 lugares no Senado.
O Partido Democrata (PD), de centro-esquerda, foi o segundo mais votado, com 19% dos votos nas eleições legislativas antecipadas.
Em conjunto com os seus aliados verdes e de esquerda, ocupará 84 lugares na Câmara dos Deputados e 44 no Senado.
O Movimento 5-Estrelas obteve 15,4% dos votos, o que lhe valeu 52 lugares na Câmara dos Deputados e 28 no Senado.
A aliança centrista Ação recolheu 7,8% dos votos e ocupará 21 lugares na Câmara dos Deputados e nove no Senado.
Os restantes lugares serão distribuídos por partidos mais pequenos.
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