Fugas em gasodutos? "Ataque terrorista" e "agressão à UE", diz Podolyak

Conselheiro presidencial ucraniano diz que se trata de um ataque planeado pela Rússia.

Mikhail Podolyak

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Carmen Guilherme com Lusa
27/09/2022 16:12 ‧ 27/09/2022 por Carmen Guilherme com Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

Mykhailo Podolyak, conselheiro do presidente ucraniano, considerou, esta terça-feira, que as fugas nos gasodutos Nordstream que ligam a Rússia e a Alemanha  são um “ataque terrorista” planeado pela Rússia. 

"A 'fuga de gás' do NS-1 nada mais é do que um ataque terrorista planeado pela Rússia e um ato de agressão à União Europeia. A Rússia quer desestabilizar a situação económica na Europa e causar pânico pré-inverno", começou por dizer, no Twitter, o conselheiro presidencial ucraniano.

Podolyak aproveitou depois para pedir mais armamento para a Ucrânia, defendendo que essa é a melhor "resposta" que pode ser dada.

"A melhor resposta é investimento em segurança — tanques para a Ucrânia. Especialmente os alemães", escreveu.

Recorde-se que os controversos gasodutos Nordstream que ligam a Rússia e a Alemanha foram ambos subitamente atingidos por fugas inexplicáveis no Mar Báltico, anunciaram esta terça-feira as autoridades dinamarquesas e suecas, levantando suspeitas de sabotagem. 

No dia seguinte ao anúncio de uma fuga no gasoduto paralelo Nord Stream 2, o gasoduto Nord Stream 1 que liga a Rússia à Alemanha foi, por sua vez, afetado por duas fugas de gás muito raras ao largo da ilha dinamarquesa de Bornholm.

Os dois gasodutos, operados por um consórcio do gigante russo Gazprom, não estão operacionais devido às consequências da guerra na Ucrânia. Ambos estavam ainda cheios de gás.

O Kremlin disse que estava "extremamente preocupado" e que não podia ser excluída qualquer possibilidade, incluindo a de sabotagem. A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, disse que "é difícil imaginar que tenha sido acidental" e que a sabotagem não deveria ser "excluída".

O operador dos oleodutos, o consórcio Nord Stream, disse que não pôde ver ou avaliar os danos, mas reconheceu a natureza excecional da situação.

Construído em paralelo com o gasoduto Nord Stream 1, o gasoduto Nord Stream 2 destinava-se a duplicar a capacidade de importação de gás da Rússia para a Alemanha.

Mas a sua iminente entrada em funcionamento foi suspensa como retaliação pela invasão da Ucrânia por Moscovo.

A Gazprom reduziu gradualmente os volumes de gás entregues através do Nord Stream 1 até o mesmo ser completamente encerrado no final de agosto, culpando as sanções ocidentais por atrasarem as reparações necessárias ao gasoduto.

As autoridades alemãs ainda não reagiram, mas segundo uma fonte próxima do Governo alemão, citada pelo diário alemão Taggesspiegel, "tudo fala contra uma coincidência" e a favor de um "ataque direcionado".

Leia Também: Gasodutos subitamente atingidos por fugas inexplicáveis no Mar Báltico

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