O barco, com mais de 150 migrantes libaneses, sírios e palestinos, afundou no dia 21 de setembro ao largo da costa de Tartus (na Síria), depois de partir para a Europa da cidade libanesa de Trípoli, causando pelo menos 87 mortos, segundo os últimos dados das autoridades libanesas.
"Essas mortes poderiam ter sido evitadas", disse o enviado especial para a Síria, Geir Pedersen, numa nota, considerando o incidente como "devastador" e observando que havia homens, mulheres, crianças e idosos entre as vítimas, muitos deles refugiados sírios.
"Devemos urgentemente fazer mais para resolver na raiz os problemas destes movimentos, incluindo o conflito na Síria e a crise económica no Líbano, e proteger os mais vulneráveis de se verem forçados a tomar estas decisões difíceis", acrescentou.
O exército libanês deteve no sábado o suposto traficante responsável por organizar a rota do barco afundado, mas continua a investigar os acontecimentos e a perseguir a rede de traficantes.
Quase 80% dos libaneses vivem abaixo do limiar da pobreza, enquanto cerca de 90% da comunidade refugiada síria no Líbano sofre de pobreza extrema e boa parte dela é afetados por insegurança alimentar, de acordo com dados das Nações Unidas.
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