Onze civis executados a tiro por alegados extremistas no sudeste do Níger

Onze agricultores, nove do Níger e dois da Nigéria, foram executados a tiro na terça-feira por alegados extremistas islâmicos no sudeste do Níger, anunciou hoje o autarca de uma localidade próxima do local onde ocorreu o ataque.

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Lusa
21/09/2022 16:30 ‧ 21/09/2022 por Lusa

Mundo

Níger

"Onze agricultores foram executados por balas ontem [terça-feira] de manhã por elementos do Boko Haram a sete quilómetros de Toummour", disse à agência France-Presse Issa Bonga, autarca da localidade na região de Diffa, junto ao lago Chade, entre Níger, Nigéria e Chade.

No Níger, as autoridades, em particular as da região de Diffa, raramente distinguem entre o Boko Haram e o seu ramo dissidente, o Estado Islâmico na África Ocidental (Iswap).

A vasta zone do lago Chad está repleta de ilhotas e pântanos que servem de refúgio a essas duas organizações.

As 11 vítimas tinham saído para cortar lenha no mato quando foram intercetadas por elementos do Boko Haram, explicou o autarca.

Os nove nigerinos são provenientes de Bosso, uma comuna situada nas margens do lago Chade e próxima de Toummour.

Uma outra fonte, a página "Jeunesse Diffa" na rede social Facebook, indica, por seu lado, que "13 lenhadores partiram em busca de madeira e foram intercetados por elementos do Iswap. Onze foram executados".

"Os terroristas lançaram uma mensagem, através de um dos lenhadores libertados, para avisar os moradores que não frequentem" a zona onde operam, acrescenta a publicação, conhecida por divulgar informações regulares sobre a situação de segurança na região.

No início do mês, vários pescadores nigerinos e nigerianos foram mortos por extremistas islâmicos após desobedecerem a uma ordem para que deixassem a zona do lago Chade.

Os extremistas tinham dado um prazo, até ao final de agosto, para que a população deixasse as ilhas, matando quem desobedecesse, segundo um responsável local no Níger.

Segundo as Nações Unidas, a região de Diffa acolhe 300.000 refugiados nigerianos e deslocados internos, expulsos pelas ações do Boko Haram e do Iswap.

Para combater os 'jihadistas', os exércitos do Chade, Camarões, Níger e Nigéria, assim como no Benim, reativaram em 2015 uma Força Multinacional Mista.

Leia Também: Níger autoriza primeira manifestação em 5 anos contra tropas francesas

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