O presidente russo, Vladimir Putin, reagiu, esta quinta-feira a declarações proferidas por Josep Borrell, o alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros.
Em reação às alegadas declarações do político espanhol, em que acusava a Rússia de ser um "regime fascista", Putin afirmou que se estivéssemos em 1930, Borrell estaria do lado dos "golpistas", ou seja, ao lado de Franco.
"Se ele vivesse nos anos de 1930, como espanhol que é, (...) de que lado combateria?", questionou inicialmente o líder russo.
Putin continuou acrescentando que, na sua opinião, "estaria do lado dos golpistas, porque hoje apoia os mesmos golpistas em território da Ucrânia".
As palavras do presidente russo acontecem depois da intervenção de Borrell numa conferência interparlamentar para a Política Externa e de Segurança Comum. O evento teve lugar em Praga e Borrell participou à distância, através de videochamada.
As declarações do político foram, no entanto, mal traduzidas, o que gerou uma grande polémica em seu redor.
O porta-voz das Relações Externas do Executivo Comunitário, Peter Stano, disse à agência oficial TASS, no mesmo dia, que as palavras de Borrell foramm verificadas e o que o alto representante disse foi mal interpretado durante a tradução. "O alto representante não chamou a Rússia assim (fascista). O que ele fez foi mencionar a declaração de um dos parlamentares que usou essa expressão", disse Stano.
Leia Também: Borrell reúne-se com PR moçambicano e entrega equipamento