O antigo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, mantém uma forte liderança na corrida para o Palácio do Planalto, na qual tem como principal oponente o atual líder do país, Jair Bolsonaro. A conclusão deriva da mais recente sondagem da Genial/Quaest, citada pela Reuters e divulgada esta quarta-feira.
As mais recentes previsões apontam para que Lula da Silva venha a conquistar, na primeira volta, 44% dos votos, contra os 32% de Bolsonaro.
Em causa estão valores bastante semelhantes em relação à anterior sondagem, divulgada há duas semanas, e que atribuía intenções de voto de 45% e 33%, respetivamente, aos dois principais candidatos à presidência brasileira.
Numa expectável segunda volta, uma vitória do esquerdista Lula da Silva é agora ainda mais provável, após ter-se distanciado ligeiramente na sondagem do atual presidente da extrema-direita. Se antes ambos estavam separados por 13 pontos percentuais, agora estão por 14 (51% versus 37%, respetivamente).
Os mais recentes dados mostram ainda que o candidato Ciro Gomes, de centro-esquerda, apresenta um apoio crescente por parte da sociedade brasileira - tendo subido de 6% para 8% em duas semanas.
A sondagem realizada pela Genial/Quaest revela ainda que houve uma redução na visão negativa detida pelos brasileiros acerca da atual governação de Jair Bolsonaro, de 41% há duas semanas para 40%. Por sua vez, a percentagem demonstrativa daqueles que veem esse Executivo positivamente aumentou um ponto percentual, para os 30%.
Em causa está um estudo de opinião que contou com o contributo de 2.000 eleitores entrevistados entre 25 e 28 de agosto e que prevê uma margem de erro de dois pontos percentuais.
De recordar que Lula da Silva governou o Brasil entre 2003 e 2010, tendo abandonado o cargo com o estatuto de presidente mais popular desde a redemocratização do Brasil, contando com mais de 80% de aprovação. O mesmo viria depois, em 2017, a ser condenado por corrupção, num processo da Lava Jato.
Já Jair Bolsonaro foi eleito para o seu primeiro mandato presidencial em 2018, que viria a assumir logo no início de 2019. Isto depois de ter sido, também, deputado federal pelo Rio de Janeiro entre 1991 e 2018.
O Brasil elegerá o seu próximo presidente em outubro, num momento em que serão ainda escolhidos os governadores dos 27 estados do país, membros das câmaras legislativas estaduais e, também, membros da câmara alta e da câmara baixa do parlamento.
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