Itália. Partido Democrático aprova listas para eleições de setembro

O Partido Democrático (PD) aprovou hoje as suas listas de candidatos para as eleições gerais em Itália marcadas para 25 de setembro, após a renúncia do primeiro-ministro Mário Draghi em 21 de julho.

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Lusa
16/08/2022 12:19 ‧ 16/08/2022 por Lusa

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Itália

O PD, de centro-esquerda, está a liderar uma coligação formada ainda pelo partido Esquerda Italiana (SI), pelo ecologista Europa Verde (EV) e pelo partido Mais Europa (+E).

Esta coligação de centro-esquerda está atualmente muito atrás nas pesquisas de opinião, que no momento são lideradas por uma aliança de direita, encabeçada pela líder do partido de extrema-direita Irmãos de Itália (FdI), Giorgia Meloni.

O líder do PD e ex-primeiro-ministro italiano Enrico Letta vai liderar a lista do partido para a Câmara Baixa na Lombardia e no Veneto.

O centrista Carlo Cottarelli, ex-funcionário do Fundo Monetário Internacional, será o cabeça de lista do PD para o Senado em Milão. O microbiologista Andrea Crisanti liderará o PD na luta por um lugar no Parlamento europeu.

Já a senadora Monica Cirinnà, que ganhou popularidade com uma lei que aprova as uniões civis na Itália, retirou a sua candidatura e disse que lhe havia sido oferecido um "assento perdido".

O ex-ministro do Desporto Luca Lotti foi excluído das listas e acusou a liderança do PD de "esconder-se atrás de desculpas covardes". Lotti há muito tempo é próximo do ex-líder do PD e ex-primeiro-ministro italiano Matteo Renzi, que se separou do PD para formar o seu próprio partido, o centrista Itália Viva (IV).

O IV, o partido centrista Azione - do ex-ministro da Indústria Carlo Calenda - e alguns outros pequenos partidos centristas, estão a concorrer como um "terceiro polo" da política italiana em 25 de setembro.

A FdI está a concorrer em aliança com o partido nacionalista Liga, do ex-ministro do Interior Matteo Salvini, e com o partido de centro-direita Forza Italia (FI), do ex-primeiro-ministro e magnata dos meios de comunicação Silvio Berlusconi.

As sondagens indicam que esta aliança deverá obter mais de 45% dos votos e ganhar com maioria clara na Câmara Baixa e no Senado italianos. Este resultado provavelmente impulsionaria Giorgia Meloni, de 45 anos, à liderança de Itália, já que a FdI tem cerca de 24% das intenções de voto, a Liga com 12,5% e a FI com 8%.

Meloni rejeitou, na semana passada, o fascismo e as suas "ignóbeis" leis racistas num vídeo para a imprensa estrangeira.

Giorgia Meloni disse que o seu partido - cujos aliados europeus incluem o primeiro-ministro húngaro, Viktor Órban, o partido nacional-conservador Lei e Justiça da Polónia e o partido da extrema-direita espanhol Vox -- é nacionalista e compartilha valores com os conservadores britânicos, os republicanos norte-americanos e o Likud em Israel.

Enrico Letta também enviou à imprensa estrangeira uma mensagem em vídeo nos mesmos três idiomas que Meloni, inglês, francês e espanhol, e acusou a líder do FdI de "esconder a verdade".

Leia Também: Itália. Letta diz que extrema-direita vê Europa como uma ameaça

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