França "muito preocupada" com segurança da central nuclear de Zaporíjia
O Governo francês expressou hoje a sua preocupação com a "séria ameaça" da Rússia à segurança das instalações nucleares ucranianas, instando as tropas de Moscovo a se retirarem imediatamente da central nuclear de Zaporíjia.
© Reuters
Mundo Ucrânia
"A presença e as ações das forças armadas russas perto da central aumentam significativamente o risco de um acidente com consequências potencialmente devastadoras", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado.
De acordo com a França, o controlo russo das instalações nucleares ucraniana é um perigo para o povo da Ucrânia, para a região e para a comunidade internacional como um todo.
"A Federação Russa deve retirar imediatamente as suas tropas da central nuclear de Zaporíjia e devolver à Ucrânia o controlo total desta central, bem como de todas as instalações nucleares deste país", insistiu o porta-voz.
Paris elogiou os esforços do diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, que nesta quinta-feira exigiu o acesso àquela central nuclear perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas, numa altura em que Kiev e Moscovo acuam-se mutuamente de tê-la bombardeado.
Para a França, é "importante" respeitar os sete pilares da segurança nuclear da AIEA, a quem agradeceu por ter prestado assistência técnica à Ucrânia desde o início do conflito, e garantir o envio de uma missão de especialistas a Zaporíjia, onde se encontra a maior central nuclear da Europa.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas de suas casas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de seis milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 16 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que está a responder com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca à energia e ao desporto.
A ONU confirmou que 5.401 civis morreram e 7.466 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 169.º dia, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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