Um homem de 75 anos foi acusado esta terça-feira de violar e matar com enorme violência uma adolescente no ano de 1982, depois de ter sido detido no estado norte-americano do Havai.

Gary Ramirez foi detido no passado dia 2 de agosto, na cidade de Maui, suspeito de ter assassinado Karon Stitt, na altura com 15 anos. O corpo foi encontrado junto a um muro de cimento em Silicon Valley, na Califórnia, no dia 3 de agosto de 1982 por um camionista.

Segundo o relatório apresentado pelo condado de Santa Clara, Ramirez terá raptado, violado e assassinado a jovem quando morava na Califórnia. A autópsia revelou que Stitt foi esfaqueada 59 vezes.

O condado, contando a história sobre o crime, explica que os avanços na ciência forense permitiram decifrar o mistério com 40 anos.

#SCCDANews: 1982 Cold Case Murder Solved by DNA and @SunnyvaleDPS Detective https://t.co/5kCzlBRKsj pic.twitter.com/RwFXbZ2dNw

— Santa Clara DA (@SantaClaraDA) August 9, 2022

Os documentos do procurador-distrital de Santa Clara contam ainda que, na altura, as equipas de investigação suspeitaram do namorado da adolescente, que esteve com ela na noite em que foi morta. Os dois estiveram juntos de noite, num minimercado, antes de Karon Stitt se deslocar para a paragem de autocarro, onde apanharia o transporte até Palo Alto, também no estado da Califórnia (uma zona conhecida por ser uma das mais ricas dos Estados Unidos, acolhendo a Universidade de Stanford e as sedes das maiores empresas do mundo tecnológico, como a Apple, a Google e o Facebook).

Depois, explica o condado, o namorado da jovem afastou-se rapidamente do local para chegar a casa antes da hora definida pelos pais.

"O corpo dela foi encontrado a cerca de 90 metros da paragem de autocarro na manha seguinte. O homicida deixou o seu sangue e fluídos na senhora Stitt. O namorado da senhora Stitt, considerado há muito como um suspeito, foi absolvido com base em amostras de ADN", refere o condado, no seu site.

Citando o procurador-distrital Jeff Rosen, o condado diz que "por trás de cada ficheiro de homicídio em cada departamento policial, há uma pessoa, uma tragédia e um mistério". "O mistério da morte de Karen Stitt foi resolvido graças aos avanços na ciência forense e a um detetive que nunca, nunca desistiu", acrescenta.

A investigação foi retomada em 2019, e uma pista fez os investigadores inclinarem-se para Gary Ramirez, que viveu em Fresno, na Califórnia, e viveu em vários sítios entre os anos 70 e 80, antes de se estabelecer no arquipélago do Havai.

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