Shinzo Abe, 67 anos, foi alvejado pelas costas com uma arma de fogo, num atentado que chocou o país, conhecido pela baixa taxa de criminalidade.
Fotos e vídeos do tiroteio mostram que o atirador conseguiu aproximar-se de Abe por trás, quando os seguranças estavam focados na frente.
"Acho que houve problemas com as medidas de segurança", disse o primeiro-ministro do Japão.
Funcionários da Comissão Nacional de Segurança Pública e da Agência Nacional de Polícia estão a investigar o que correu mal e vão reunir medidas de resposta, acrescentou o Kishida.
"Peço-lhes que façam uma inspeção minuciosa e consertem o que o que for necessário consertar, enquanto também estudam exemplos de outros países", disse Fumio Kishida.
Kishida anunciou ainda planos para a realização do funeral de Estado de Shinzo Abe, salientando o seu contributo para o país e no reforço da aliança de segurança com os Estados Unidos.
"Ao realizar um funeral de Estado em memória o ex-primeiro-ministro Abe, o Japão também mostrará ao mundo a sua determinação em não ceder à violência e defender firmemente a democracia", disse Kishida, sublinhando que o Japão "irá também mostrar ao mundo a sua determinação em manter o seu vigor e abrir um caminho para o futuro".
Entretanto, esta terça-feira teve lugar num templo em Tóquio uma cerimónia fúnebre de dimensão mais reduzida.
Abe foi primeiro-ministro em 2006, durante um ano, e novamente de 2012 a 2020, batendo recordes de longevidade na liderança do Japão.
O presumível homicida de Shinzo Abe começou a planear o ataque contra o ex-primeiro-ministro japonês no outono passado, segundo as informações recolhidas pela polícia japonesa, que também sugerem que o suspeito preparou a operação de forma meticulosa.
O detido, Tetsuya Yamagami, confessou à polícia que atacou Abe por causa das suas supostas ligações a uma organização religiosa que lhe causou problemas familiares.
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