"Também não ficamos felizes com essa denominação, já que os afegãos foram dizimados por duas décadas, sofreram e padeceram com problemas", disse à agência de notícias Efe o porta-voz adjunto do governo interino talibã, Bilal Karimi.
O estatuto de aliado estratégico fora da NATO foi concedido ao Afeganistão por Washington, em 2012, para facilitar a aquisição de equipamentos militares pelo Governo deposto em Cabul, na época aliado dos Estados Unidos na luta contra os fundamentalistas islâmicos.
Os talibãs assumiram o controlo do Afeganistão no final de agosto de 2021, após uma rápida ofensiva durante a retirada final das forças norte-americanas do país.
Embora não tenha obtido o reconhecimento da comunidade internacional, o Governo talibã busca "manter relações diplomáticas, comerciais e económicas com todos os países", de acordo com Karimi.
O líder talibã Hibatullah Akhundzada afirmou na quarta-feira que o Afeganistão busca um "bom" relacionamento com todo o mundo, inclusive com os Estados Unidos, uma semana depois de afirmar que o seu país não aceitaria "ordens do mundo mesmo se usassem uma bomba atómica".
O Afeganistão está mergulhado numa crise económica agravada pela tomada do poder pelos talibãs em agosto do ano passado, que levou ao congelamento de fundos para a reconstrução do país.
O país também tem sido atingido por desastres naturais, como o terramoto que há duas semanas deixou mais de mil mortos, além de secas e inundações.
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