Governo do Equador acusa indígenas de rejeitarem dialogar

Os indígenas, que há 12 dias se manifestam no Equador contra o elevado custo de vida, "não querem diálogo" e "só querem violência", acusou hoje o Governo equatoriano.

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© Reuters

Lusa
25/06/2022 06:30 ‧ 25/06/2022 por Lusa

Mundo

Ecuador

 

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"Desmascararam-se. Não querem dialogar. (...) Não querem paz. Até agora, a única coisa que mostraram é que querem violência", disse o ministro de Governo, Francisco Jimenez, numa entrevista à rádio local.

Na quinta-feira, a polícia dispersou os manifestantes que tentaram invadir o parlamento na capital equatoriana, Quito. Três pessoas morreram nas últimas 24 horas, de acordo com a Aliança de Organizações de Direitos Humanos, elevando o número de mortos para seis desde o início dos protestos.

Na manhã do mesmo dia, a polícia havia evacuado, como sinal de boa vontade, um centro cultural indígena em Quito para permitir a entrada dos manifestantes.

"Nós cedemos (...) com o objetivo de restaurar a paz na cidade e no país. Mas aconteceu o contrário. Eles aproveitaram para gerar mais desordem", lamentou Francisco Jimenez.

Cerca de 14.000 manifestantes indígenas estão atualmente nas ruas de Quito, segundo as autoridades. Protestam contra o elevado custo de vida e exigem uma descida nos preços dos combustíveis.

"É uma mobilização por tempo indeterminado até que tenhamos os resultados", disse à agência de notícias AFP o líder da Confederação das Nacionalidades Indígenas (Conaie), Leonidas Iza.

Várias contramanifestações com bandeiras brancas e a pedir o fim da violência foram verificadas na capital do país sul-americano.

Por sua vez, o Exército indicou que os militares que garantiram a segurança de um comboio rodoviário foram "atacados por um grupo violento", na quinta-feira, em Caspigasí, nos subúrbios de Quito, e que 17 soldados ficaram gravemente feridos.

O comandante da primeira divisão do Exército, Ewdin Adatty, denunciou os factos de "violência extrema", com três viaturas incendiadas por "infratores armados", alguns com "fuzis e até outro tipo de armas".

O objetivo deste comboio, proveniente do noroeste de Quito, "era permitir o fluxo logístico de mais de 1.000 camiões que estão bloqueados naquela estrada, o que afeta gravemente o abastecimento da capital", explicou.

 

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