Lituânia aumenta despesa em Defesa para acolher mais tropas da NATO
Para o próximo ano, o país irá já destinar 1,5 mil milhões de euros, o equivalente a 2,52% do seu PIB, ao setor da Defesa.
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Mundo Guerra na Ucrânia
A Lituânia deve aumentar as suas despesas em Defesa para os 3% do PIB (Produto Interno Bruto), de forma a poder acolher um número muito maior de tropas da NATO, num contexto de receio relativamente a uma eventual invasão russa sobre o país, segundo as informações avançadas à Reuters pelo presidente do país, Gitanas Nausėda.
As declarações foram proferidas numa altura em que os membros da Aliança Atlântica continuam divididos quanto a eventuais destacamentos de tropas e de armamento adicional para a sua fronteira leste.
Em antecipação à cimeira da NATO, que vai acontecer na próxima semana, em Madrid, a Alemanha concordou em fornecer uma brigada pronta a combater, composta por cerca de 3.000 tropas, que poderia ser destacada rapidamente para defender a Lituânia, se necessário.
Numa entrevista dada esta semana à Reuters, o presidente lituano disse esperar que a Lituânia pudesse acolher a brigada até 2027 - mas apenas se gastar centenas de milhões para desenvolver instalações militares para a alojar.
"Em termos de infraestruturas, não estamos preparados para instalar uma unidade com o tamanho de uma brigada na Lituânia, porque não existe aqui nenhuma infraestrutura de alojamento. Espero que até 2027 estejamos prontos", explicou Nauseda.
"Estamos a falar de centenas de milhões de euros para esse fim. E este é também um montante sério que me permite falar sobre a necessidade de atingir os 3% dos gastos com a Defesa nos próximos anos", acrescentou ainda o chefe de Estado da Lituânia.
Para o próximo ano, o país irá já destinar 1,5 mil milhões de euros, o equivalente a 2,52% do seu PIB, ao setor da Defesa.
As preocupações de uma eventual invasão russa sobre outros territórios surge na sequência da guerra na Ucrânia, que dura já desde 24 de fevereiro e que causou já a morte de, pelo menos, 4.481 civis e deixou 5.565 feridos, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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