Pelo menos cinco polícias morrem em ataque nos Camarões
Pelo menos cinco polícias dos Camarões morreram num ataque esta madrugada na cidade de Njitapon, na região noroeste, uma das duas de maioria anglófona naquele país africano, segundo as autoridades.
© Reuters
Mundo Camarões
O governador regional, Awa Fonka Augustine, viajou para o local onde decorreu o ataque ao início do dia, de acordo com a televisão camaronesa CRTV.
Os líderes separatistas disseram nas redes sociais que o ataque é uma resposta a um massacre de civis levado a cabo pelo Exército, conforme relatado pelo portal ActuCameroun.
O incidente ocorreu dias depois de militares camaroneses terem matado cerca de 10 civis, incluindo uma menina de pouco mais de um ano, na mesma região, confirmou o Ministério da Defesa camaronês.
Segundo o ministério, o incidente que levou à morte de civis ocorreu porque um grupo de quatro militares teve de deslocar-se à cidade de Missong à procura de um companheiro desaparecido e deparou-se com um grupo de cidadãos "irritados".
O Ministério da Defesa sublinhou que os militares abriram fogo contra eles em legítima defesa, mas admitiu que aquela resposta foi "um erro".
As regiões anglófonas de Camarões - noroeste e sudoeste -- têm sido afetadas por conflitos, por causa da repressão de movimentos separatistas, após a autoproclamação de independência de Ambazónia, em 01 de outubro de 2017.
No ano anterior, esta zona -- a outra parte das colónias britânicas em África, mas que decidiu juntar-se aos Camarões franceses, foi palco de protestos pacíficos para exigir maior autonomia ou independência, argumentando com a discriminação por parte das autoridades centrais, também em questões linguísticas.
Desde então, os grupos armados proliferaram e o apoio aos separatistas, até então bastante marginal, aumentou. O Governo respondeu com uma dura repressão, com as organizações de direitos humanos a acusarem as forças de segurança de cometerem atrocidades.
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