O governador regional, Awa Fonka Augustine, viajou para o local onde decorreu o ataque ao início do dia, de acordo com a televisão camaronesa CRTV.
Os líderes separatistas disseram nas redes sociais que o ataque é uma resposta a um massacre de civis levado a cabo pelo Exército, conforme relatado pelo portal ActuCameroun.
O incidente ocorreu dias depois de militares camaroneses terem matado cerca de 10 civis, incluindo uma menina de pouco mais de um ano, na mesma região, confirmou o Ministério da Defesa camaronês.
Segundo o ministério, o incidente que levou à morte de civis ocorreu porque um grupo de quatro militares teve de deslocar-se à cidade de Missong à procura de um companheiro desaparecido e deparou-se com um grupo de cidadãos "irritados".
O Ministério da Defesa sublinhou que os militares abriram fogo contra eles em legítima defesa, mas admitiu que aquela resposta foi "um erro".
As regiões anglófonas de Camarões - noroeste e sudoeste -- têm sido afetadas por conflitos, por causa da repressão de movimentos separatistas, após a autoproclamação de independência de Ambazónia, em 01 de outubro de 2017.
No ano anterior, esta zona -- a outra parte das colónias britânicas em África, mas que decidiu juntar-se aos Camarões franceses, foi palco de protestos pacíficos para exigir maior autonomia ou independência, argumentando com a discriminação por parte das autoridades centrais, também em questões linguísticas.
Desde então, os grupos armados proliferaram e o apoio aos separatistas, até então bastante marginal, aumentou. O Governo respondeu com uma dura repressão, com as organizações de direitos humanos a acusarem as forças de segurança de cometerem atrocidades.
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