Kanamat Botashev, de 63 anos, tinha-se oferecido para voltar ao serviço e acabou abatido em maio, enquanto sobrevoava a região leste do Donbass, confirmou a agência de notícias estatal russa.
Desde o início da invasão russa da Ucrânia, no final de fevereiro, que a Rússia tem sofrido a perda de vários generais e outros oficiais superiores.
Segundo a Tass, o funeral decorreu hoje em Cherkessk, capital da República Karachay-Cherkess, na Rússia.
O ex-major-general estava a voar em resposta a um pedido de ajuda de um grupo de assalto que estava cercado pelas forças ucranianas.
"Ele decidiu realizar um ataque em altitude ultrabaixa e atacou as Forças Armadas da Ucrânia, e isso, posteriormente, ajudou o grupo a sair do cerco", referiu ainda a Tass.
Depois do ataque, o avião foi derrubado por um míssil antiaéreo, que resultou na morte de Botashev, posteriormente agraciado com o título de "Herói da Federação Russa", noticiou ainda a agência estatal.
Em 22 de maio, o Estado-Maior Geral das Forças Armadas da Ucrânia disse que um avião de ataque russo Su-25 tinha sido abatido sobre a região de Lugansk e que o piloto não teve tempo de ejetar.
Na altura, as notícias ligadas ao incidente apontavam para a morte de Botashev, que o governo russo ainda não tinha confirmado até hoje.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de quatro mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou a fuga de mais de oito milhões de pessoas, das quais mais de 6,6 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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