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Deputados de Macau querem mais formação de professores e mais vagas

Vários deputados de Macau expressaram hoje preocupação na Assembleia Legislativa com a falta de profissionais qualificados em educação especial e a dificuldade de acesso dos alunos ao ensino inclusivo no território, pedindo mais investimento do Governo na área.

Deputados de Macau querem mais formação de professores e mais vagas
Notícias ao Minuto

15:41 - 31/05/22 por Lusa

Mundo Ensino Inclusivo

Na maioria, as instituições com ensino inclusivo "têm apenas um assistente social e um conselheiro", disse hoje o deputado Ho Ion Sang, numa interpelação dirigida ao Governo, referindo que "muitas vezes, devido à escassez de professores, [de] assistentes sociais" e "à falta de experiência e conhecimentos deste pessoal, é difícil a articulação para a implementação eficaz dos programas".

Segundo os dados divulgados pelos Serviços de Educação, acrescentou Ho Ion Sang, no ano letivo de 2020/2021, havia "2.922 alunos com necessidades educativas especiais, dos quais 2.031 foram incluídos no ensino inclusivo".

"O número aumenta todos os anos", disse.

Além da falta de profissionais qualificados, o membro do parlamento salientou que este modelo educativo, em Macau, chega sobretudo ao ensino primário, devendo as autoridades "estudar o aumento adequado" de vagas no nível secundário.

Também Ron Lam, da Associação da Sinergia de Macau, chamou a atenção para esta discrepância, revelando o "grande choque" que representa para os alunos a transferência de instituição de ensino, para que possam prosseguir os estudos com o apoio de profissionais com capacidade de resposta.

"Temos de tornar cada vez mais estável o mecanismo", concluiu.

Outra questão levantada na sessão de interpelações parlamentares prende-se com "o elevado tempo" que leva a ser feita a avaliação dos alunos" com necessidades especiais.

"Se pudermos diminuir este tempo de espera, o Governo pode garantir melhor a triagem", alertou Ho Ion Sang.

O executivo, por seu lado, confirmou o aumento do número de alunos com necessidades especiais em Macau, justificando, no entanto, que esta subida se prende com uma maior sensibilização das famílias do território para a questão.

"Hoje há mais conhecimento", frisou a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong.

A responsável referiu ainda que, no atual ano letivo, "há 48 escolas que oferecem a educação inclusiva, das quais 10 são escolas oficiais e 38 particulares, com um total de 387 professores a prestar apoio pedagógico e apoio à aprendizagem a cerca de 2.200 alunos com estas necessidades".

Nos últimos anos, o investimento na área do ensino inclusivo teve um aumento de 96 milhões de patacas (11 milhões de euros), em 2018, para 170 milhões (19 milhões de euros), em 2021, explicou.

Apesar de admitir que a formação "para os professores desta área é necessária" e que os "cursos são limitados", a responsável pela pasta dos Assuntos Sociais lembrou que 1.900 docentes concluíram, desde 2016, o Curso de Certificado em Educação Inclusiva e 250 terminaram o Curso de Formação de Professores de Apoio.

"A partir do ano letivo de 2017, a Universidade de Macau integrou a disciplina de Introdução ao Ensino Especial como obrigatória nos vários cursos de licenciatura em Ciências da Educação, para que mais docentes, antes do seu ingresso na carreira, adquiram técnicas e conhecimentos básicos relativos a alunos com diferentes necessidades", concluiu.

Leia Também: Deputados de Macau pedem ao Governo medidas para travar subida de preços

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