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Boris Johnson invoca guerra e crise económica para evitar demissão

O primeiro-ministro britânico invocou a guerra na Ucrânia e a crise do aumento de custo de vida para continuar em funções, apesar da pressão para se demitir devido ao desrespeito das restrições da pandemia em Downing Street.  

Boris Johnson invoca guerra e crise económica para evitar demissão
Notícias ao Minuto

20:34 - 25/05/22 por Lusa

Mundo Partygate

"Tudo o que posso dizer é que penso que, considerando tudo o que está a acontecer agora, cabe-me continuar a servir as pessoas deste país, não só para ajudar a ultrapassar a maior guerra na Europa em 70 anos, mas o enorme aumento do custo de vida, e cumprir os compromissos do programa [eleitoral]", afirmou numa conferência de imprensa. 

Uma sondagem publicada pela empresa YouGov indica que 59% dos britânicos consideram que Johnson deve demitir-se do cargo de primeiro-ministro, embora 83% não acreditem que ele o faça, e 74% pensam que o líder conservador mentiu quando disse que não sabia que estava a violar a lei. 

"Eu percebo porque é que as pessoas estão indignadas e zangadas com o que aconteceu", disse aos jornalistas, mas mostrou-se determinado em "seguir em frente". 

Um inquérito interno a "festas" em edifícios governamentais em 2020 e 2021, a maioria na residência e escritório do primeiro-ministro britânico, em Downing Street, concluiu que "muitos desses encontros e a maneira como eles se desenrolaram não estavam alinhados com as regras da covid na altura". 

"Muitos desses eventos não deveriam ter acontecido", lê-se no relatório final, produzido pela funcionária pública Sue Gray.

O documento de 37 páginas e ilustrado com fotografias inclui relatos de consumo frequente de bebidas alcoólicas nos escritórios, que resultou em certas ocasiões em pessoas ébrias e mal dispostas e, pelo menos num caso, numa briga.

Gray condenou também "vários exemplos" de comportamento "inaceitável" em relação a trabalhadores de segurança e de limpeza, vítimas de "falta de respeito e mau tratamento".

Sobre uma possível ação disciplinar, Gray pede que seja levado em consideração que funcionários públicos com menos responsabilidade "participaram de reuniões nas quais os superiores estavam presentes, ou por eles próprios organizados".

"A equipa de liderança superior no centro [dos eventos], tanto política quanto oficial, deve assumir a responsabilidade", enfatiza.

Leia Também: Oposição condena Boris Johnson por recusar demitir-se

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