"Destino do país" em jogo. Ucrânia observa "fase mais ativa da agressão"

"O inimigo concentrou os seus esforços na realização de uma ofensiva a fim de cercar Lysychansk e Sievierodonetsk", segundo o governador da província de Lugansk.

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Ema Gil Pires
24/05/2022 19:43 ‧ 24/05/2022 por Ema Gil Pires

Mundo

Guerra na Ucrânia

As forças russas levaram a cabo, esta terça-feira, um ataque de larga escala com o intuito de cercar as tropas ucranianas que se encontram a combater em cidades do leste da Ucrânia - cuja conquista se trata, neste momento, de um dos principais objetivos de Moscovo, noticia a Reuters

"Agora estamos a observar a fase mais ativa da agressão em grande escala que a Rússia lançou contra o nosso país", disse o porta-voz do Ministério da Defesa ucraniano, Oleksandr Motuzyanyk, num briefing televisivo.

A mesma fonte revelou ainda que a "situação na frente [oriental] é extremamente difícil porque o destino do país está, talvez, a ser decidido [lá] neste momento".

A parte mais oriental da região do Donbass, a cidade de Sievierodonetsk, bem como a de Lysychansk, na margem ocidental do rio Siverskiy Donets, transformou-se no principal campo de batalha da zona, estando agora as tropas russas a avançar a partir de três direções distintas, com o intuito de cercar os combatentes ucranianos.

"O inimigo concentrou os seus esforços na realização de uma ofensiva a fim de cercar Lysychansk e Sievierodonetsk", acrescentou ainda Serhiy Gaidai, governador da província de Lugansk, da qual fazem parte estas duas cidades - das poucas que, na região, ainda estão sob domínio ucraniano.

"A intensidade do fogo em Sievierodonetsk aumentou várias vezes, estão simplesmente a destruir a cidade", apontou ainda, esclarecendo que cerca de 15.000 pessoas continuavam a viver no local.

Mais a oeste, em Slovyansk, cidade que também permanece 'nas mãos' dos militares ucranianos, as sirenes de alerta de ataque aéreo tocaram esta terça-feira, embora as ruas permanecessem cheias de gente.

O governador da província de Lugansk referiu ainda que as forças ucranianas tinham expulsado os russos da aldeia de Toshkivka, a sul de Sievierodonetsk. Por sua vez, separatistas apoiados por Moscovo garantiram que tinham conquistado Svitlodarsk, a sul de Bakhmut. Porém, nenhuma destas informações foi, até agora, verificada de forma independente.

As batalhas decisivas desta guerra na Ucrânia continuam a desenrolar-se, neste momento, mais a sul, com Moscovo a estar a trabalhar para conquistar Donetsk e Lugansk, no Donbass.

A invasão militar da Rússia sobre a Ucrânia, que entrou já no quarto mês de duração, causou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas, de acordo com os mais recentes dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo a mesma fonte, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

Leia Também: Alemanha e Polónia defendem revisão da estratégia de defesa da Europa

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