Von der Leyen sugere usar bens russos congelados para pagar reconstrução

A presidente da Comissão Europeia acredita que a Rússia deve "contribuir" para restaurar as infraestruturas ucranianas, danificadas e destruídas pela invasão russa.

Ursula von der Leyen

© REUTERS/Yves Herman/Pool

Notícias ao Minuto
19/05/2022 23:50 ‧ 19/05/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia/Rússia

A presidente da Comissão Europeia sugeriu esta quinta-feira que os bens dos oligarcas russos, congelados no meio da maré de sanções impostas pelo Ocidente, poderão ser usados para pagar a reconstrução da Ucrânia quando a guerra terminar.

Numa entrevista à televisão pública alemã ZDF, citada pela Reuters, Ursula von der Leyen contou que os advogados da Comissão Europeia estão "a trabalhar intensamente para encontrar maneiras possíveis de usar os bens congelados dos oligarcas".

"Eu acho que a Rússia devia fazer a sua contribuição", disse a líder europeia.

A presidente apontou ainda que a reconstrução das infraestruturas ucranianas deve ser já pensada nas reformas que o país terá de fazer para se juntar à União Europeia - uma adesão à qual a Ucrânia se aproximou no decorrer da guerra.

Sobre essa adesão, von der Leyen avisou que a entrada na União depende do cumprimento de certos critérios democráticos, mencionando o respeito pelo Estado de Direito e pelas divergências políticas e económicas.

"O processo de adesão depende muito de como o candidato se comporta e o que faz. A Ucrânia quer-se juntar à UE a todo o custo, o que significa que há uma motivação muito grande para criar as reformas que são necessárias", elogiou.

As declarações de Ursula von der Leyen surgem depois da Comissão Europeia ter proposto, na quarta-feira, um empréstimo de 9 mil milhões de euros à Ucrânia para sustentar a sua economia durante a invasão. Segundo a presidente da Comissão, a organização também planeia criar uma entidade própria para a reconstrução do país.

A guerra na Ucrânia já fez mais de 3.700 mortos entre a população civil, segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. No entanto, a organização adverte que o número real de mortos poderá ser muito superior, dadas as dificuldades em contabilizar os mortos em cidades sitiadas e ocupadas pelos russos, como é o caso de Mariupol, onde o governo ucraniano estima que tenham morrido dezenas de milhares de pessoas.

Leia Também: Kyiv pede ao G7 para confiscar bens russos para a reconstrução

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