Uma vaga de calor no norte da Índia fez disparar os termómetros esta quinta-feira, especialmente no norte, com a capital do país, Nova Deli, a registar uma temperatura recorde de 49,2 graus Celsius.
Segundo a BBC, a onda de calor que se abateu no norte do país é a quinta desde março.
Um pouco por toda a Índia, o segundo país mais populoso do mundo, com cerca de 1,3 mil milhões de habitantes, as autoridades aconselharam as pessoas a ficar em casa e a manter-se hidratadas.
No entanto, as graves dificuldades socioeconómicas e a escassez de água potável fazem com que esta onda de calor seja particularmente forte para as pessoas mais pobres e vulneráveis. Esta onda de calor também foi acompanhada de um anticiclone, que tornou as regiões ocidentais da Índia ainda mais secas e quentes.
As ondas de calor são muito comuns na Índia, dado o clima tropical no subcontinente indiano, mas estas costumam chegar entre o final de maio e o início de junho, e não entre março e maio. Em maio, a temperatura média no país atingiu os 33ºC, a temperatura média mais elevada para o mês de março em 122 anos - ou seja, desde que há registo.
A BBC acrescenta que a onda de calor obrigou o primeiro-ministro, Nadrendra Modi, a pedir planos aos ministros estatais para preparar o país para um verão invulgarmente quente.
Espera-se que a temperatura caia ligeiramente nas próximas semanas, entre 2ºC a 4ºC, uma descida que está longe de ser o suficiente para atenuar o impacto do calor.
Segundo o Departamento Meteorológico da Índia, citado pela televisão britânica, o principal impacto das ondas de calor será visto através de uma redução da humidade pré-época das chuvas, o que afetará a capacidade agrícola do país e, como tal, agravar ainda mais a crise mundial na agricultura e nos cereais e na produção de bens essenciais.
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