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"Mundo está completamente cansado da Rússia e não se importa com sanções"

O conselheiro de Zelensky, Mykhailo Podolyak, refere que esta é a "nova realidade" do presidente russo. Em causa está o facto de Putin se opôr à adesão da Finlândia e da Suécia à NATO.

"Mundo está completamente cansado da Rússia e não se importa com sanções"

O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, afirmou este sábado que “o mundo está completamente cansado da Rússia e já não se importa com as ameaças de Moscovo”. Em causa está o facto de o presidente russo, Vladimir Putin, se opor à adesão da Finlândia e da Suécia à NATO, ameaçando com “retaliações”.

“O mundo está completamente cansado da Rússia e já não se importa com as ameaças de Moscovo. As fronteiras da NATO estender-se-ão aos subúrbios de São Petersburgo - traduzindo a conversa do [presidente finlandês] Sauli Niinistö com o presidente russo, da linguagem diplomata para a linguagem comum”, escreveu o conselheiro do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na rede social Twitter.

E atirou: “Bem-vindo à nova realidade, senhor Putin”.

As declarações do também negociador ucraniano surgem horas após o presidente finlandês telefonar ao seu homólogo russo para falar sobre iminente candidatura de adesão da Finlândia à NATO. "A conversa foi direta e decorreu sem contrariedades. Evitar as tensões foi o ponto considerado relevante", disse o chefe de Estado finlandês através de um comunicado à imprensa, citado pela AFP, que acrescenta que o país "quer lidar com as questões práticas de ser um país vizinho da Rússia de uma forma correta e profissional".

Por sua vez, Putin afirmou que o fim da neutralidade militar na Finlândia seria um “erro”. “Vladimir Putin sublinhou que o fim da política tradicional de neutralidade militar seria um erro, já que não existe qualquer ameaça à segurança da Finlândia", lê-se num comunicado divulgado pelo Kremlin.

Na quinta-feira, o presidente da Finlândia, Sauli Niinisto, e a primeira-ministra, Sanna Marin, anunciaram que são a favor da adesão do país à aliança transatlântica e que o pedido de adesão deve ser feito “rapidamente”.

Os governantes frisaram que, “como membro da NATO”,  a Finlândia - que partilha uma fronteira de quase 1.300 quilómetros com a Rússia - “reforçaria toda a aliança de defesa” e que o país deve “candidatar-se à adesão da NATO sem demoras”. 

No mesmo dia, o Kremlin reagiu ao anúncio da Finlândia, considerando que a decisão "é uma ameaça" para a Rússia. Moscovo salientou ainda que a expansão da aliança militar não irá reforçar a estabilidade e a segurança na Europa ou no resto do mundo.

Leia Também: Rússia alerta para introdução de armas nucleares na Finlândia e Suécia

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