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Família de 'jihadistas' pede a Macron para deixar crianças regressarem

Um grupo de familiares de 'jihadistas' franceses pediu hoje ao Presidente, Emmanuel Macron, que repatrie, durante o seu segundo mandato, crianças que estão "prisioneiras na Síria" e "privadas da infância em prisões a céu aberto".

Família de 'jihadistas' pede a Macron para deixar crianças regressarem
Notícias ao Minuto

11:08 - 27/04/22 por Lusa

Mundo França

Durante o debate televisivo entre os dois candidatos à segunda volta das eleições presidenciais -- Macron e a representante da extrema-direita Marine Le Pen -, o Presidente reeleito no passado domingo disse que a proteção das crianças estará no centro das atenções dos próximos cinco anos.

"Está na altura de mudar de rumo e dar uma hipótese a essas crianças, que também são vítimas do Daesh [nome em inglês do grupo terrorista Estado Islâmico", afirma, em comunicado, o Coletivo das Famílias Unidas, associação que reúne famílias de grande parte das cerca de 80 mulheres de 'jihadistas' e das 200 crianças francesas mantidas em campos de detenção do nordeste da Síria.

"Está na hora de lhes conceder a proteção que todas as crianças merecem" e "de cumprir os nossos compromissos internacionais, em particular, a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, da qual a França é signatária", adianta a associação.

Estas crianças são "vítimas, reconhecidas como tal pelas Nações Unidas, UNICEF e Cruz Vermelha", e vivem "sem proteção, sem cuidados adequados, sem acesso a educação e sem esperança" em campos para deslocados sob controlo dos curdos da Síria, refere ainda o grupo de familiares, acrescentando que os menores estão a ser "privados da infância em prisões a céu aberto".

Desde 2016, 126 crianças francesas, nascidas de mães francesas que foram para a Síria e o Iraque casar com membros do Estado Islâmico, regressaram a França.

Ao contrário de outros países europeus, incluindo a Alemanha - que repatriou "uma grande parte" das crianças - Paris mantém uma política contrária ao regresso, apesar de as condições de vida nos campos sírios e iraquianos "serem terríveis", criticou a ONU.

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