Segundo o Hamas, os pontos de distribuição de alimentos e de ajuda humanitária de emergência têm sido alvo de disparos que já provocaram a morte a mais de 300 pessoas nas últimas três semanas.
O diretor-geral do Ministério da Saúde de Gaza, Munir al-Barsh, [controlado pelos islamitas] afirmou através das plataformas digitais que Israel "não estende a mão" por misericórdia.
"Cada saco de farinha é uma armadilha e cada caixa de comida é um isco para um massacre", disse Al-Barash.
O mesmo responsável acrescentou que os hospitais estão lotados de pessoas com ferimentos de balas.
"Sentimos a vossa fome. Compreendemos a vossa dor. Mas a ocupação (Israel) não traz ajuda, só traz humilhação e morte", disse ainda Al Barsh.
As Nações Unidas reiteraram nas últimas horas a necessidade de se realizarem investigações imediatas e independentes sobre os disparos contra palestinianos alegadamente efetuados pelo Exército israelita durante as entregas de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
As autoridades do enclave palestiniano afirmaram na terça-feira que cerca de 60 pessoas foram mortas num dos pontos de distribuição.
As mesmas fontes disseram que cerca de 400 palestinianos foram mortos e mais de três mil ficaram feridos em incidentes deste tipo desde que a Fundação Humanitária de Gaza (GHF), apoiada por Israel e pelos Estados Unidos, iniciou as operações há cerca de três semanas.
O incidente de terça-feira ocorreu junto de um camião das Nações Unidas e não de um ponto de distribuição da GHF.
A guerra em Gaza começou após a operação do Hamas em território israelita que matou mais de 1.200 pessoas, no dia 07 de outubro de 2023.
De acordo com o Hamas, a ofensiva de retaliação fez mais de 55.500 mortos, a maior parte civis do enclave palestiniano.
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