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ONG avisa que mulheres continuam reféns da violência na África do Sul

A Amnistia Internacional considerou hoje que a África do Sul continua refém da violência, particularmente as mulheres e jovens raparigas, após 28 anos de liberdade no país que hoje celebra o fim do regime do 'apartheid' em 1994.

ONG avisa que mulheres continuam reféns da violência na África do Sul
Notícias ao Minuto

11:03 - 27/04/22 por Lusa

Mundo Amnistia Internacional

"Embora tenha havido muitas liberdades conquistadas desde 1994, mulheres e meninas ainda não estão livres da violência de género e do feminicídio", referiu, em comunicado, a diretora da Amnistia Internacional na África do Sul, Shenilla Mohamed.

Nesse sentido, a responsável apontou a elevada incidência do número de casos de violência de género no país, apesar da adoção pelo Governo sul-africano do Plano Estratégico Nacional (NSP) sobre Violência de Género e Feminicídio (GBVF, na sigla em inglês), em 2019.

"As estatísticas trimestrais da criminalidade divulgadas em fevereiro indicam que 11.315 pessoas foram violadas entre outubro e dezembro de 2021, e esses foram apenas os casos de violação denunciados à polícia", frisou Shenilla Mohamed.

De acordo com a Amnistia Internacional, em 2021, registaram-se 117 casos de feminicídio no primeiro semestre do ano na África do Sul, salientando que 14.188 casos de crimes por violência sexual foram relatados entre outubro e dezembro do ano passado.

"É difícil celebrar o Dia da Liberdade quando tantas pessoas na África do Sul não estão seguras e há pouca consideração pelo direito à vida", referiu a responsável da organização de defesa de Direitos Humanos britânica na África do Sul.

A África do Sul assinala hoje a data de 27 de abril, feriado nacional, como o 'Dia da Liberdade', comemorativo da queda do anterior regime segregacionista com a realização das primeiras eleições multirraciais e democráticas, em 1994, em que elegeu Nelson Mandela como o primeiro presidente da República negro do país.

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