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Keneth Roth deixa liderança da Human Rights Watch depois de 30 anos

O norte-americano Kenneth Roth vai deixar em agosto a Human Rights Watch (HRW), que liderou durante quase 30 anos, anunciou hoje a organização de defesa direitos humanos.

Keneth Roth deixa liderança da Human Rights Watch depois de 30 anos
Notícias ao Minuto

14:44 - 26/04/22 por Lusa

Mundo Human Rights Watch

hora de passar a tocha", disse o diretor executivo da HRW, de 66 anos, numa declaração publicada na rede social Twitter, sem avançar qualquer razão específica ou detalhar os seus planos para o futuro.

Roth congratulou-se por ter construído, em conjunto com as suas equipas, "uma força que se tornou protagonista da defesa dos direitos das pessoas em todo o mundo".

Sob a liderança do advogado norte-americano, "a HRW cresceu de uma equipa de cerca de 60 pessoas, com um orçamento de sete milhões de dólares [6,5 milhões de euros] para uma equipa de 552 pessoas, que cobre mais de 100 países e tem um orçamento de quase 100 milhões de dólares [93 milhões de euros]", escreveu a organização em comunicado hoje divulgado.

Sob a liderança de Kenneth Roth, refere a HRW no comunicado, a organização documentou crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Libéria, na ex-Jugoslávia, no Peru e desempenhou "um papel importante na criação do Tribunal Penal Internacional (TPI) em 2001", apesar da forte resistência criada pelos Estados Unidos.

Roth também "globalizou as atividades de defesa legal" da HRW ao estabelecer escritórios em Bruxelas, Londres, Tóquio, Sidney, Joanesburgo e outras regiões do mundo, acrescenta.

Em 30 anos, "Kenneth Roth fez, inevitavelmente, muitos inimigos", admite também a organização, referindo que "apesar de ser judeu [e ter um pai que fugiu da Alemanha nazi quando tinha 12 anos], foi atacado várias vezes pelas críticas da Human Rights Watch aos abusos do Governo israelita", lembra a HRW.

Também o Ruanda criticou fortemente a HRW quando a organização informou sobre a repressão em curso no país presidido por Paul Kagame e o Governo chinês chegou mesmo a "sancionar" Roth, expulsando-o de Hong Kong em 2020, recorda ainda a organização.

Leia Também: HRW pede a Guterres que dê prioridade à situação dos civis em Mariupol

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