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Milhares de taxistas protestam na Índia contra aumento dos combustíveis

Dezenas de milhares de taxistas participaram hoje em Nova Deli, Índia, numa greve contra o aumento do preço dos combustíveis e as altas comissões aplicadas pelas empresas de transporte através de plataformas eletrónicas, segundo as associações que promoveram o protesto.

Milhares de taxistas protestam na Índia contra aumento dos combustíveis
Notícias ao Minuto

09:58 - 18/04/22 por Lusa

Mundo Preços

"Convocamos a greve devido ao aumento dos preços dos combustíveis, que não afetou só a nós (taxistas), mas também os clientes em geral", disse à agência de notícias Efe, o diretor da associação de taxistas Sarvodara, Ravi Rathore.

O preço da gasolina em Nova Deli é atualmente de 105,41 rupias por litro (cerca 1,28 euros por litro), muito superior às 95,41 rupias por litro (cerca de 1,15 euros por litro) cobradas em meados de março, quando os preços começaram a aumentar regularmente.

O diesel também subiu 11,5% desde meados de março, enquanto o gás natural (GNC), usado pela maioria dos taxistas na capital indiana, teve um aumento de 21,3%.

O diretor da associação de taxistas referiu que participaram na greve entre 200.000 e 250.000 automóveis, registando-se uma presença menor do que o habitual nas ruas de táxis e veículos de três rodas conhecidos como riquexós, além de ocorrerem longas esperas nos aplicativos de transportes.

Ravi Rathore afirmou que as associações do setor vão convocar uma greve por tempo indeterminado se o Governo não aceitar as suas reivindicações.

A guerra na Ucrânia elevou os preços da energia e dos combustíveis, com o preço do barril de petróleo Brent em 111,67 dólares em meados de abril.

Mas, as associações de táxi também estão descontentes com a empresa Uber e a sua equivalente indiana, a empresa Ola, que segundo Ravi Rathore "exploram os motoristas pobres ao máximo" com preços muito baixos por quilómetro "que não cobrem nem o mais básico".

"As empresas [que funcionam em plataformas eletrónicas] embolsam até 40% (de cada viagem) em comissões, isso é uma exploração massiva que deve acabar", declarou.

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