A polémica sobre atletas transgénero surgiu na sequência da ciclista Emily Bridges - que assumiu ser uma mulher transgénero em 2020, mas continuou a participar em eventos masculinos ao longo da sua transição - ter sido impedida de participar no campeonato britânico por estar ainda registada como homem na União Ciclista Internacional (UCI), associação internacional de federações de ciclismo.
Com a redução dos seus níveis de testosterona, tornou-se elegível para competir em corridas de mulheres, mas a UCI alega que a atleta, de 21 anos, só poderá participar em provas femininas quando o registo masculino caducar. Seria a sua estreia em competições femininas.
“Não acho que as pessoas que nasceram homens devam competir em eventos desportivos femininos”, afirma Boris Johnson, acrescentando: “Também acho que as mulheres devem ter espaço, seja em hospitais, prisões ou vestiários, que sejam dedicados às mulheres”.
De acordo com a BBC, o primeiro-ministro britânico admite que a sua posição pode ser controversa. No entanto, reitera: “Isso não significa que eu não seja imensamente solidário com pessoas que querem mudar de género. É vital que demos às pessoas o máximo de amor e apoio na tomada dessas decisões”.
“Estas são questões complexas, que não podem ser resolvidas com uma legislação rápida e fácil”, defende. A associação LGBTQ+ Stonewall reagiu à BBC Sports às declarações do responsável britânico: “As pessoas trans merecem as mesmas oportunidades que todas as outras”.
Bridges, que começou o processo de mudança de género há cerca de um ano, bateu um recorde masculino em 2018.
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