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Lula da Silva fala sobre aborto e provoca reação de adversários no Brasil

O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, possível candidato nas presidenciais do Brasil, provocou hoje reações entre apoiantes do atual presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, ao fazer uma defesa da legalização do aborto no país.

Lula da Silva fala sobre aborto e provoca reação de adversários no Brasil
Notícias ao Minuto

19:01 - 06/04/22 por Lusa

Mundo Brasil

"Mulheres pobres morrem tentando fazer aborto, porque é proibido, mas a 'madame' pode ir fazer um aborto em Paris ou escolher Berlim", quando "a verdade é que deveria ser uma questão de saúde pública, para que todos tenham direito", declarou na terça-feira Lula da Silva.

"Essa agenda da família, de valores, está muito atrasada e é usada por um homem que não tem moral para isso", acrescentou Lula da Silva, numa clara referência a Bolsonaro, que aspira renovar o mandato em outubro com o apoio de sua base de apoio formada também por religiosos e ultraconservadores.

Essas declarações não passaram despercebidas pelos movimentos da extrema-direita no país que passaram atacar Lula da Silva ainda com mais força, a quem qualificam pejorativamente como comunista e "inimigo dos valores cristãos".

Embora o atual presidente não tenha comentado essa afirmação, um dos primeiros a reagir foi Eduardo Bolsonaro, um de seus filhos e deputado federal que publicou um vídeo nas redes sociais com o comentário de Lula da Silva e uma crítica aberta ao líder progressista.

"Lula não está pensando numa eleição em um país cristão, que respeite a propriedade privada", escreveu o deputado.

Nesta mesma semana, Lula da Silva também incentivou seus apoiantes a protestar, mas na frente das casas dos parlamentares conservadores.

"Se mapearmos o endereço de cada deputado e 50 pessoas forem até a casa dele, não para insultá-lo, mas para conversar com ele, com a esposa, os filhos, e perturbar sua tranquilidade, teria mais efeito do que fazer uma manifestação em Brasília", declarou o ex-presidente.

A essa proposta, o deputado 'bolsonarista' June Amaral respondeu com um vídeo em suas redes sociais em que se mostrava na posse de uma arma e, após revelar seu endereço, dizia sorrindo e brandindo o revólver: "Podem vir, que serão muito bem-vindos".

Essa polémica de início de campanha ocorre num momento em que Lula da Silva se prepara para confirmar como companheiro de candidatura o ex-governador 'paulista' Geraldo Alckmin, ex-adversário de quem se aproximou e que transmitiria certa moderação ao eleitorado.

Mas se Lula da Silva enfrentará a extrema-direita liderada por Bolsonaro nas urnas, internamente deve lidar com alguma resistência do Partido dos Trabalhadores (PT) à sua intenção de ter Alckmin como candidato à vice-presidência.

Até agora, as pesquisas repetem um cenário que vem sendo desenhado há meses e coloca Lula com intenção de votos acima de 40%, embora Bolsonaro tenha passado de 25% para 30% de apoio, faltando menos de seis meses para as eleições. 

Leia Também: Lula tenta recuperar símbolos nacionais 'capturados' por Bolsonaro

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