O exército do Uganda anunciou, na terça-feira, que foram mortas 309 pessoas numa investigação que durou oito meses, contra ladrões de gado no nordeste do país de Karamoja, uma região rica em ouro.
Citado pela Reuters, a Força de Defesa do Povo do Uganda disse em comunicado que vai "continuar a trabalhar para pacificar completamente Karamoja e terminar com toda a criminalidade na região", acrescentando que os 309 mortos são "guerreiros", sem especificar o termo.
No entanto, o filho do presidente Museveni e comandante das forças de defesa, Muhoozi Kainerugaba, contradisse as próprias forças armadas, revelando que o número de mortos é bastante superior.
"Matamos muitos mais ladrões de gado desde o ano passado. E vamos continuar a eliminá-los até que percam o apetite pela indústria", disse Kainerugaba no Twitter.
No, this is a small number @Gilespies. We have killed a lot more cattle thieves since last year. And we shall continue eliminating them until they completely lose the appetite for this industry. Godbless UPDF! Godbless Uganda! https://t.co/qFVQhHVUGG
— Muhoozi Kainerugaba (@mkainerugaba) March 30, 2022
Além das 309 mortes anunciadas, foram detidas 1700 pessoas.
Segundo a agência de notícias, a região é povoada por etnias nómadas que sofrem de roubo de gado e guerras entre clãs e milícias. O problema do gado nas comunidades de Karamoja é violento, e envolve também comunidades pastorais no Quénia.
Leia Também: Três funcionários governamentais e dois militares mortos no Uganda