Três funcionários governamentais e dois militares mortos no Uganda

Três funcionários do Governo do Uganda, incluindo um dos principais geólogos do país, e dois militares foram mortos por homens armados na região nordeste de Karamoja, rica em minério, informaram hoje responsáveis militares.

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Lusa
23/03/2022 12:43 ‧ 23/03/2022 por Lusa

Mundo

Uganda

"Três geólogos do Ministério da Energia e Desenvolvimento Mineral e duas escoltas militares foram mortos segunda-feira (...) no curso de uma missão de cartografia de minerais no distrito de Moroto", a 500 quilómetros nordeste da capital, Kampala, declarou o comandante da 3.ª Divisão de Infantaria do Uganda, Joseph Balikuddembe, citado pela agência France-Presse.

"O seu tradutor tentou explicar aos homens armados a sua missão na região, mas os combatentes, provavelmente por falta de informações, abriram fogo, matando-os aos cinco a sangue-frio", descreveu o comandante, precisando que o tradutor havia escapado.

Entre as vítimas figurava um dos principais geólogos do país, Richard Kiggwe.

Região isolada e pobre na fronteira com o Quénia e o Sudão do Sul, Karamoja é atormentada pela insegurança há décadas, com numerosos atos de banditismo e furto de gado entre clãs.

Aproveitando as fronteiras porosas e o tráfego, as comunidades nómadas Karimojong montam regularmente emboscadas e assaltos com recurso a armas.

O comandante do exército e filho do Presidente Yoweri Museveni, o general Muhoozi Kainerugaba, prometeu represálias.

"Meus irmãos Karimojong! Nós vos suplicámos que abandonassem a vossa vida de roubo e violência. Nós vos suplicámos que cessem de atacar os vossos vizinhos em vão. Vós recusastes os nossos apelos! Pois bem, agora nós viemos e o inferno veio connosco", escreveu o general na rede social Twitter, citado pela agência francesa.

O Governo tem levado regularmente a cabo operações para pacificar a região e recuperar armas ilegais, a última em julho de 2021.

Segundo os números oficiais, 170 armas de fogo ilegais e mais de 15.000 bovinos roubados foram recuperados desde essa altura.

Leia Também: Autoridades do Uganda detêm ilegalmente e torturam centenas de opositores

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