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Governo alemão preocupado com fornecimento de energia no próximo inverno

O ministro da Economia alemão, Robert Habeck, sublinhou hoje a preocupação do Governo com o fornecimento de energia na Alemanha no próximo inverno, pouco antes de partir para uma visita aos países do Golfo.

Governo alemão preocupado com fornecimento de energia no próximo inverno
Notícias ao Minuto

13:15 - 19/03/22 por Lusa

Mundo Ucrânia

Habeck, do partido Os Verdes, embarca numa missão para 'libertar' o seu país das importações de gás russo e, depois de já ter visitado a Noruega, segue hoje para o Qatar e os Emirados Árabes Unidos.

"Se não recebermos mais gás no próximo inverno e as entregas da Rússia forem limitadas ou interrompidas, não teremos o suficiente para manter todas as casas aquecidas e a nossa indústria a funcionar", disse o governante à rádio Deutschlandfunk.

No Qatar, um dos maiores exportadores mundiais de gás natural liquefeito (GNL), Habeck deve-se reunir com o emir, Sheikh Tamim bin Hamad Al Thani, e ministros do governo. Uma grande parte do GNL do Qatar está atualmente destinada à Ásia.

O ministro alemão será acompanhado por uma delegação empresarial de alto nível.

A paragem seguinte será nos Emirados Árabes Unidos, na segunda-feira, onde se deverá reunir com ministros para discutir toda a questão do hidrogénio verde.

A viagem faz parte dos esforços para diversificar as importações de gás alemãs, à medida que o país procura reduzir a sua dependência da Rússia face à guerra na Ucrânia.

Habeck explicou, na entrevista, que o gás é utilizado principalmente na indústria no início das cadeias produtivas, podendo ocorrer "uma espécie de efeito dominó".

Sobre a dependência unilateral de um fornecedor como a Rússia, Habeck reconheceu que havia sido "estúpido".

De acordo com o Ministério da Economia, as importações russas representam cerca de 55% das importações de gás da Alemanha, 50% das importações de carvão e cerca de 35% das importações de petróleo.

"É claro que os volumes de oferta podem ser aumentados, mas os países fornecedores não estão realmente interessados em fazê-lo. Eles têm lucros máximos, os preços são altos e os custos de produção permanecem os mesmos", disse à Deutschlandfunk.

Contudo, mostrou-se confiante de que será "certamente encontrada uma boa solução para a Europa".

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