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Sánchez pede fim da "violência" exercida por uma "minoria" de camionistas

O primeiro-ministro espanhol pediu hoje aos camionistas independentes que apoiam a greve convocada por associações empresariais do setor para porem fim à "violência" que exercem nas estradas, considerando-os uma "minoria".

Sánchez pede fim da "violência" exercida por uma "minoria" de camionistas
Notícias ao Minuto

16:36 - 18/03/22 por Lusa

Mundo Espanha

"Temos mantido um diálogo constante, quase diário, com as associações do setor desde o ano passado, um diálogo aberto e, graças a isso, chegámos a um acordo em dezembro, quando o setor estava a ponderar fazer uma greve que finalmente não teve lugar, como resultado de um acordo importante", disse Pedro Sánchez em Roma, onde se encontra numa cimeira com os chefes dos governos de Portugal, Itália e Grécia.

O chefe do Governo espanhol manifestou a sua "total empatia" com as exigências dos trabalhadores dos transportes e ofereceu o diálogo, ao mesmo tempo que apelou à calma face às ações violentas de "uma minoria", assegurando que o executivo irá garantir a ordem pública.

As declarações coincidem com o quinto dia de uma greve por tempo indeterminado no setor do transporte rodoviário de mercadorias, que ameaça o fornecimento de mercadorias à indústria do país.

Por seu lado, as associações que apelaram à greve rejeitam ser uma minoria e defendem que 85% da frota espanhola pertence a pessoas que têm "um ou dois camiões".

Segundo o último número do Observatório dos Transportes, de janeiro de 2022, em Espanha existem 377.827 veículos pesados de mercadorias dedicados ao transporte público e privado, dos quais 78,3% pertencem a empresas comerciais (com uma média de 6 camiões por empresa), 18,1% a pessoas físicas e 2,9% a cooperativas.

Entretanto, a Federação Nacional das Associações de Transportes de Espanha (Fenadismer) criticou hoje o facto de o Governo não ter especificado as medidas que pretende adotar para amortecer o impacto do aumento dos preços dos combustíveis no setor.

A associação patronal, a segunda maior, advertiu numa declaração que o atraso do Governo em apresentar soluções fará com que a greve por tempo indeterminado dos transportadores - que não apoia - se arraste durante os próximos dias.

A greve tem sido liderada por transportadores independentes e pequenas e médias empresas, estando a causar problemas de abastecimento em algumas partes do país, bloqueios de estradas e a paralisação de certos setores da indústria agroalimentar.

O delegado do Governo espanhol na Andaluzia, Pedro Fernández, disse hoje que a situação provocada pela greve dos cmionistas "continua a ser complicada", ao mesmo tempo que estimou que há mais de 5.600 agentes da Guarda Civil e da Polícia Nacional que "estão a tentar normalizar uma situação que em cinco dias já está a causar danos muito graves".

De acordo com o Ministério do Interior espanhol, as forças de segurança prenderam um total de seis pessoas, reportaram 34 e identificaram 595 em várias piquete de greve e incidentes relacionados, desde o início da greve dos transportadores até hoje.

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