Ucrânia. Televisão estatal alemã suspende emissões na Rússia

As estações de televisão públicas alemãs ARD e ZDF suspenderam temporariamente as suas emissões na Rússia, depois de ter sido aprovada uma lei que prevê 15 anos de prisão por difundir o que Moscovo considera "informação falsa".

O jornal de investigação russo Novaya Gazeta, um dos símbolos da imprensa independente na Rússia, disse hoje que foi derramado um produto químico desconhecido na entrada da sua redação, em Moscovo, já anteriormente alvo de ataques.

© Getty Imagens

Lusa
05/03/2022 12:56 ‧ 05/03/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

Fontes daquelas entidades públicas comunicaram esta decisão e garantiram que vão continuar a dar "a máxima informação possível" sobre a situação na Rússia e na Ucrânia, enquanto examinam a situação criada pela nova lei.

A decisão acompanha as adotadas pela norte-americana CNN, a canadiana CBC, a agência de notícias Bloomberg, assim como a televisão britânica BBC, que foi a primeira a tomar esta decisão.

A direção da televisão pública britânica decidiu na sexta-feira parar o trabalho da sua equipa na Rússia, enquanto analisa em profundidade as implicações da nova legislação nos seus funcionários.

O Kremlin defendeu hoje a necessidade de "firmeza" na nova lei que reprime "informações falsas" sobre o exército russo para enfrentar uma "guerra de informação" que diz estar a ser travada contra a Rússia no âmbito do conflito na Ucrânia.

"No contexto da guerra de informação, era necessário adotar uma lei cuja firmeza foi adaptada, o que foi feito", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, no dia seguinte à entrada em vigor de um diploma que impõe pesadas penalizações pela divulgação de qualquer informação considerada falsa sobre o exército russo.

A adoção desta lei, na sexta-feira, e a sua assinatura pelo presidente Vladimir Putin foi "necessária e urgente", insistiu.

As penas previstas, que variam desde multas a 15 anos de prisão, serão aplicadas contra quem disseminar "informações falsas" sobre as forças armadas russas.

Como resultado, 'media' russos e estrangeiros anunciaram a suspensão das suas atividades na Rússia.

A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar à Ucrânia e as autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 1,2 milhões de refugiados.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.

Leia Também: Erdogan vai pedir fim da guerra a Putin e reunião com Zelensky na Turquia

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