Meteorologia

  • 04 MAIO 2024
Tempo
13º
MIN 13º MÁX 20º

Espanha afirma que ataque da Rússia não deve ficar impune

O presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, alertou hoje que a "violação flagrante" do direito internacional exercida pela Rússia, com o ataque à Ucrânia, "não deve ficar impune" e afirmou que Espanha se "esforçará para restabelecer a paz".

Espanha afirma que ataque da Rússia não deve ficar impune
Notícias ao Minuto

16:46 - 24/02/22 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

Numa declaração institucional após a reunião do Conselho de Segurança Nacional presidido pelo Rei no Palácio da Zarzuela, Sánchez garantiu que Espanha defenderá a legalidade internacional e exigiu ao Presidente russo, Vladimir Putin, o cessar das hostilidades.

O chefe do Executivo classificou como "inaceitáveis", "injustas" e "muito graves" as ações militares da Rússia, "uma potência nuclear" -- disse - que "violou a lei internacional, iniciou a invasão de um país vizinho e ameaçou, com represálias, qualquer nação que socorra o país agredido".

Na sua opinião, além de ser uma violação flagrante do direito internacional e da soberania internacional e integridade territorial da Ucrânia, é "um ataque frontal aos princípios e valores, acima de todos da paz, que proporcionaram à Europa anos de estabilidade e prosperidade".

Sanchez sublinhou que esta crise afeta equilíbrios que vão muito além dos países envolvidos diretamente e terá consequências de grande alcance.

O chefe do Governo destacou que Espanha e a União Europeia partilham valores que sobreviverão a esta crise, como a paz, o respeito e a legalidade internacional, a solidariedade e a cooperação humanitária.

"Espanha defenderá a legalidade internacional. Espanha irá esforçar-se pelo restabelecimento da paz. Espanha mostrar-se-á solidária com as populações afetadas por este conflito", assegurou, antes de afirmar que há que tentar travar o quanto antes esta agressão.

A isto se dirige um primeiro pacote de sanções aprovado pela UE porque o Governo de Vladimir Putin deve saber que as suas ações "não podem ficar, não devem ficar, impunes", sustentou.

Após recordar a reunião que manterão hoje em Bruxelas os líderes europeus para acordar essas sanções, garantiu a solidariedade com o povo ucraniano com ajuda financeira, investimentos e material sanitário.

O presidente do Governo explicou que informou o líder da oposição, Pablo Casado, da situação e que comparecerá no Congresso na quarta-feira para dar conta das decisões europeias sobre este conflito.

Sanchez recordou que há cerca de 320 espanhóis na Ucrânia e assegurou que o Governo prestará a ajuda necessária a todos e proporcionará a informação disponível sobre as possibilidades de abandonar o país "quando a situação o permitir".

A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um "pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk", no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a "desmilitarização e desnazificação" do país vizinho.

O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.

Leia Também: Putin anuncia operação militar, interferência levará a "consequências"

Recomendados para si

;
Campo obrigatório