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Ucrânia: Ministros da Defesa da NATO reunidos em Bruxelas

Os ministros da Defesa da NATO reúnem-se entre hoje e quinta-feira, em Bruxelas, com todas as atenções viradas para a ameaça de um ataque militar russo à Ucrânia, "a maior crise de segurança na Europa desde a Guerra Fria".

Ucrânia: Ministros da Defesa da NATO reunidos em Bruxelas
Notícias ao Minuto

05:55 - 16/02/22 por Lusa

Mundo Ucrânia

Na terça-feira, dia em que a Rússia anunciou o início da retirada de algumas das suas tropas de perto das fronteiras da Ucrânia, denunciando a "histeria ocidental" sobre uma suposta invasão iminente do país vizinho, o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, comentou que os mais recentes "sinais" vindos de Moscovo permitem um "otimismo cauteloso", mas sublinhou que não se vê ainda uma diminuição da escalada no terreno.

"Até agora, não vimos qualquer desescalada no terreno, nenhuns sinais de redução da presença militar russa nas fronteiras com a Ucrânia, mas vamos continuar a monitorizar e a seguir atentamente o que a Rússia está a fazer. Mas os sinais que chegam de Moscovo, relativamente à vontade de prosseguir os esforços diplomáticos, dão alguma razão para um otimismo cauteloso", declarou na mesma ocasião.

O secretário-geral da Aliança Atlântica falava numa conferência de imprensa no quartel-general da NATO, em Bruxelas, de projeção de uma reunião de ministros da Defesa da organização que decorre entre hoje e quinta-feira, e na qual Portugal estará representado pelo ministro João Gomes Cravinho.

Apontando que os ministros da Defesa dos Aliados terão ao longo dos dois dias de reunião a oportunidade de discutir aquela que é "a maior ameaça à segurança europeia das últimas décadas" -- incluindo uma discussão, na quinta-feira, com o seu homólogo ucraniano -, Stoltenberg disse esperar que seja possível avaliar "se há sinais", no terreno, de um efetivo desanuviamento ou não.

Para já, insistiu, a "concentração sem precedentes" de forças e meios militares nas fronteiras com a Ucrânia permite à Rússia lançar um ataque em grande escala "a qualquer momento" e sem aviso prévio.

"Tudo está agora a postos para um novo ataque. Mas a Rússia ainda tem tempo para se afastar da beira do abismo. Que pare de se preparar para a guerra e comece a trabalhar para uma solução pacífica. O movimento de forças, de capacidades russas não representa uma inversão da escalada", afirmou.

O secretário-geral da NATO disse esperar que todos os membros da Aliança voltem a expressar nesta reunião ministerial em Bruxelas o seu "apoio político à Ucrânia, à soberania e integridade territorial da Ucrânia", adiantando que será também discutido o "apoio técnico" que pode continuar a ser prestado a Kiev, bem como o reforço da "postura defensiva" da Aliança a leste.

O Ministério da Defesa da Rússia anunciou, na véspera da reunião ministerial da NATO, que algumas das unidades que tinham sido enviadas para próximo das fronteiras da Ucrânia iam regressar aos quartéis de origem por terem terminado os exercícios militares em que estiveram envolvidas.

Ainda na terça-feira, num comentário publicado na rede social Telegram, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, disse que a "propaganda da guerra ocidental" foi humilhada com o anúncio do Ministério da Defesa.

Os Estados Unidos da América (EUA) alertaram, na passada sexta-feira, que a Rússia podia atacar "a qualquer momento" e aconselharam os seus cidadãos a sair da Ucrânia, no que foram seguidos por vários países, incluindo Portugal.

O Ocidente acusou a Rússia de ter concentrado mais de 100.000 tropas nas fronteiras da Ucrânia para invadir novamente o país vizinho, depois de ter anexado a península ucraniana da Crimeia em 2014.

A Rússia negou sempre o desejo de guerra, mas exigiu garantias para a sua segurança, incluindo uma promessa de que a Ucrânia nunca será membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte.

Esta exigência foi rejeitada pelo Ocidente, que propôs em troca conversações sobre outros assuntos de segurança, como o controlo de armas ou visitas recíprocas a infraestruturas sensíveis.

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