Cazaquistão. Putin reitera apoio a Tokayev no 1.º encontro após tumultos
O Presidente russo, Vladimir Putin, reiterou hoje o seu apoio ao homólogo cazaque e aliado, Kassym-Jomart Tokayev, na primeira reunião entre ambos desde os tumultos que abalaram o Cazaquistão no início de janeiro.

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Mais de 200 pessoas foram mortas na agitação civil, que começou com um aumento do preço do combustível e levou a pilhagens e confrontos armados.
A Rússia enviou uma força militar para a região, no âmbito da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC), a que pertencem os dois países e ainda Arménia, Bielorrússia, Quirguistão e Tajiquistão.
Numa conferência de imprensa conjunta em Moscovo, Putin disse hoje que Tokayev "está a fazer tudo para normalizar a situação" no Cazaquistão.
"A Rússia fará tudo para apoiar o Presidente do Cazaquistão", acrescentou o líder russo, citado pela agência France-Presse (AFP).
Tokayev saudou a "inestimável ajuda de Moscovo para repelir um ataque sem precedentes", que as autoridades cazaques atribuíram, sem fornecer provas, a grupos de "bandidos e terroristas" treinados no estrangeiro.
"A Rússia desempenha um papel extremamente importante na garantia da estabilidade e segurança na nossa região", disse Tokayev.
Esta demonstração de apoio de Moscovo ocorre numa altura em que Tokayev tem em curso um processo para reduzir a influência do seu antecessor, Nursultan Nazarbayev, que governou o país da Ásia Central durante 30 anos.
A ira dos manifestantes durante os motins foi dirigida, em particular, contra Nazarbayev, que ainda mantinha uma certa influência política apesar de ter deixado o poder em 2019.
Desde a agitação, Tokayev substituiu Nazarbayev como chefe do poderoso Conselho de Segurança e do partido governante Nur Otan, e retirou os familiares do seu antecessor de posições-chave.
Na segunda-feira, o líder cazaque aprovou emendas legislativas que reduzem os poderes de Nazarbayev, incluindo a coordenação das iniciativas de política interna e externa.
O porta-voz do Kremlin (Presidência russa), Dmitry Peskov, disse em janeiro que Putin tinha boas relações tanto com Tokayev como com Nazarbayev e que a transição em curso era um "assunto interno" do Cazaquistão.
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