Num discurso, o primeiro-ministro do Camboja declarou hoje que Turnell foi libertado no domingo, quando se assinalou um ano da sua prisão, segundo o jornal oficial Fresh News.
Hun Sem disse que a libertação de Turnell ocorreu, em parte, devido à sua mediação junto das autoridades birmaneses, com as quais se reuniu em janeiro, em Naypyidaw, de acordo com o Fresh News.
Turnell foi preso sob a acusação de violar a lei de segredos oficiais, punível com até 14 anos de prisão.
O economista, assessor para assuntos económicos de Suu Kyi, era desde 2017 diretor do Instituto para o Desenvolvimento de Myanmar, com sede na capital, Naypyidaw.
A ministra dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Marise Payne, pediu, no sábado, a "libertação imediata" do economista, referindo que o processo era "injusto" e ainda "rejeitou" todas as acusações contra Turnell.
Grupos de direitos humanos manifestaram preocupação quanto às acusações realizadas pelas autoridades birmanesas contra o economista, particularmente depois de ter sido negado à embaixada australiana o acesso a uma das suas comparências em tribunal em setembro.
Uma das poucas ocasiões em que os militares birmaneses mostraram Turnell em público foi durante a campanha de vacinação de prisioneiros contra a covid-19, quando em julho de 2021 o jornal oficial The Global New Light of Myanmar publicou uma foto do australiano a receber a vacina.
O golpe militar em 01 de fevereiro de 2021 provocou protestos em massa e uma sangrenta repressão militar, com mais de 1.500 civis mortos e quase 12.000 presos desde 04 de fevereiro, de acordo com um grupo de monitorização local.
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