Guiné-Bissau. França diz que este é "momento ideal" para ajudar país

O embaixador da França em Bissau, Terence Wills, defendeu hoje que "este é o momento ideal" para que a comunidade internacional ajude o país "em todos os domínios".

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Lusa
02/02/2022 14:47 ‧ 02/02/2022 por Lusa

Mundo

Guiné-Bissau

o momento preciso para ajudar o país, não dentro da visão 2030, mas é ajudar agora", observou o diplomata francês, que esteve hoje no Palácio da Presidência em Bissau, para prestar solidariedade pessoal e de França ao Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.

Terence Wills afirmou aos jornalistas ter transmitido a Sissoco Embaló a sua solidariedade, mas também aproveitou para reforçar o princípio defendido pelo seu Governo do respeito pela ordem constitucional.

Sobre o ataque à sede do Governo, na terça-feira, por homens armados ainda por identificar, numa altura em que o Presidente, o primeiro-ministro, Nuno Nabiam e membros do Governo, se encontravam numa reunião, o embaixador da França disse que os elementos da comunidade internacional temeram o pior.

"Ontem, nós da comunidade internacional, tivemos medo pela sorte do Presidente e pelas instituições da Guiné-Bissau", sublinhou Terence Wills.

O diplomata francês fundamenta o receio pela situação que se vive em vários países da África Ocidental, palcos recentes de golpes de Estado contra instituições eleitas, mas enalteceu a resposta das instituições guineenses e ainda frisou "o sangue-frio do Presidente" perante o ataque.

"Isso demonstra a resiliência da democracia da Guiné-Bissau", notou Terence Wills, destacando ainda que Umaro Sissoco Embaló tenha anunciado não ser sua intenção enveredar pela violência como solução para o caso.

Para o embaixador da França na Guiné-Bissau, toda a comunidade internacional deve mobilizar-se à volta das instituições democráticas, apoiarem o país na atração de investimentos que possa promover a economia e o desenvolvimento.

"Devemos ajudar mais, mas para isso precisamos da estabilidade", observou Terence Wills, salientando ser "o momento ideal para ajudar a Guiné-Bissau em todos os domínios".

Disse não ter abordado com Umaro Sissoco Embaló as indicações do chefe de Estado guineense segundo as quais o ataque teria sido perpetrado por pessoas ligadas ao narcotráfico, mas adiantou que a França "vai refletir" sobre de que forma poderá apoiar a Guiné-Bissau.

Terence Wills lembrou que o combate ao narcotráfico na Guiné-Bissau "é um combate do Presidente" e ainda disse ser um "combate difícil".

Vários tiros foram ouvidos terça-feira perto da hora de almoço junto ao Palácio do Governo da Guiné-Bissau onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam.

A tentativa de golpe de Estado já foi condenada pela União Africana, pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), através da presidência angolana, pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, por Portugal e por São Tomé e Príncipe.

Em declarações aos jornalistas, no Palácio da Presidência, o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló afirmou ter-se tratado de um "ato bem preparado e organizado e que poderá também estar relacionado com gente relacionada com o tráfico de droga".

O ataque provou pelo menos seis mortos e quatro feridos, segundo fontes militares e médicas.

Leia Também: Guiné-Bissau: Embaixada de Portugal fecha atendimento ao público hoje

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