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Irão admite negociar acordo diretamente com os Estados Unidos

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Hossein Amir-Abdollahian, admitiu hoje que o seu país poderá negociar diretamente com os Estados Unidos, se tal for necessário para chegar a "um bom acordo" sobre a questão nuclear.

Irão admite negociar acordo diretamente com os Estados Unidos
Notícias ao Minuto

19:19 - 24/01/22 por Lusa

Mundo Nuclear

"Se, durante as negociações, chegarmos a um ponto em que a conclusão de um bom acordo, com garantias sólidas, exija algum nível de discussões com os Estados Unidos, teremos isso em consideração", disse o chefe da diplomacia iraniana.

O chefe da diplomacia iraniana admitiu que Washington "enviou mensagens" a Teerão para manter conversasações diretas, mas até agora Teerão resistiu a essa possibilidade.

"As nossas conversas com os Estados Unidos acontecem através de [Enrique] Mora [coordenador europeu das negociações] e um ou dois dos países membros do acordo", acrescentou Abdolahian.

Até agora, o Irão recusou firmemente incluir os Estados Unidos nas negociações para salvar o acordo, que decorrem em Viena e incluem os restantes países que assinaram o pacto: Alemanha, França, Reino Unido, China e Rússia.

As conversações de Viena destinam-se a tentar salvar o acordo nuclear de 2015, após a saída unilateral dos Estados Unidos, em 2018, quando o então Presidente norte-americano, Donald Trump, considerou que Teerão não estava a cumprir os requisitos do tratado, voltando a impor duras sanções.

Se ocorrerem, as negociações diretas com os Estados Unidos poderão mesmo incluir a discussão da hipótese de Teerão libertar quatro cidadãos de dupla nacionalidade, norte-americanos e iranianos, detidos no Irão, segundo o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Said Khatibzadeh.

Contudo, o porta-voz recusou que a possibilidade de libertação de prisioneiros estrangeiros ou com dupla nacionalidade seja uma pré-condição para salvar o acordo nuclear de 2015, cujas negociações prosseguem em Viena.

"O Irão nunca aceitou condições prévias, desde o início das negociações", esclareceu Khatibzadeh, pedindo para que "não se compliquem mais conversações que já são difíceis".

As declarações do porta-voz da diplomacia iraniana surgem depois de, no domingo, o enviado especial dos Estados Unidos para o Irão, Robert Malley, ter dito que um acordo com Teerão seria improvável sem a libertação de iraniano-americanos que estão presos em cadeias iranianas.

Said Khatibzadeh reconheceu que há ainda muitas divergências entre Teerão e Washington, mas disse que mantém a "determinação em chegar a um acordo confiável e duradouro", quer sobre a questão nuclear, quer sobre a questão dos prisioneiros.

Os quatro cidadãos com dupla nacionalidade são o empresário Siamak Nazami, o seu pai, Bagher, e ainda o ambientalista Morad Tahbaz e o empresário Emad Shargi.

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