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Nações Unidas condenam detenção de ativista Amira Ozman no Sudão

A missão das Nações Unidas no Sudão condenou hoje a detenção de uma destacada ativista dos direitos das mulheres no Sudão, onde têm ocorrido múltiplas detenções de opositores ao golpe militar desde que este ocorreu, há três meses.

Nações Unidas condenam detenção de ativista Amira Ozman no Sudão
Notícias ao Minuto

14:07 - 23/01/22 por Lusa

Mundo Ozman

Segundo a agência de notícias EFE, a Missão Integrada de Assistência à Transição da ONU no Sudão (UNITAMS) disse estar "indignada com a detenção da ativista dos direitos da mulher Amira Ozman ontem [sábado] à noite", numa mensagem publicada nas suas redes sociais.

"A detenção e o padrão de violência contra as ativistas dos direitos das mulheres ameaça seriamente reduzir a sua participação política no Sudão, e apelamos à sua libertação", acrescentou o organismo internacional.

Ozman é presidente da iniciativa "La Lqhr Alnsa" (Não à Opressão das Mulheres), que também denunciou nas suas redes sociais a prisão da ativista durante uma rusga das forças de segurança à meia-noite de sábado na sua casa, num subúrbio de Cartum.

"As tropas levaram-na para um local desconhecido e aterrorizaram a sua família", acusa a organização, avisando que, como resultado de complicações de um acidente recente, Ozman precisa de tomar medicação e de acompanhamento médico contínuo.

A participação das mulheres nas instituições do poder e no processo de transição democrática iniciado no Sudão em 2019, após a queda do ditador Omar al-Bashir, tem sido, juntamente com a dos jovens, um dos compromissos dos atores neste processo e uma exigência recorrente da comunidade internacional.

A ONU advertiu anteriormente as autoridades militares que controlam o poder no Sudão desde o golpe de Estado de outubro sobre a violência contra as mulheres, como quando há um mês apelou a uma investigação sobre as alegadas violações de 13 mulheres e raparigas durante um dia de protestos contra o golpe.

Leia Também: Sudão. UNICEF denuncia violações contra crianças desde golpe militar

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