Chefe das Forças Armadas guineenses pediu para "descansar" mas PR recusou
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, disse hoje que o chefe das Forças Armadas, general Biagué Na Ntan, já pediu várias vezes para "ir descansar", mas que ainda não aceitou o pedido.
© Lusa
Mundo Guiné-Bissau
"Está aqui o homem grande [chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas]; quantas vezes é que me pediu para ir descansar, mas sempre lhe disse para ficar mais um bocadinho no comando das Forças Armadas", afirmou Sissoco Embaló.
O Presidente guineense falava aos jornalistas à margem da cerimónia de deposição de coroas de flores na campa de heróis nacionais, a propósito do dia 20 de janeiro, feriado nacional, que assinala o assassínio do fundador da nacionalidade guineense, Amílcar Cabral.
Ladeado de oficiais militares, entre os quais o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Biagué Na Ntan, o Presidente guineense disse estar em curso o processo de reforma no setor militar, mas que deve ser conduzido com calma.
Umaro Sissoco Embaló afirmou ainda que o general Biagué Na Ntan apresenta como argumento para ir para casa o facto de, na sua opinião, "o país estar a andar bem com os jovens no comando", mas que sempre lhe pediu que esperasse.
O chefe de Estado referiu que um ano depois de entrar em funções como Presidente da Guiné-Bissau, Biagué Na Ntan informou-o que queria deixar o comando das Forças Armadas.
"Digo-lhe sempre que às vezes é preciso fazer a ponte de forma regular, entre gerações. Isso estabiliza", observou o Presidente guineense, salientando que, na sua opinião, a paz também é comprada.
Umaro Sissoco Embaló frisou estar em curso o processo de novos recrutamentos de militares e que a meta é modernizar as Forças Armadas e permitir que voltem a tomar parte nas missões internacionais de manutenção da paz.
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