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PM de Cabo Verde defende diplomacia capaz de responder aos desafios

O primeiro-ministro cabo-verdiano reconheceu hoje o "importante papel" da diplomacia, sobretudo em tempos de pandemia da covid-19, e defendeu que deve ser inteligente, audaz e capaz de dar respostas aos desafios de desenvolvimento do país.

PM de Cabo Verde defende diplomacia capaz de responder aos desafios
Notícias ao Minuto

19:29 - 18/01/22 por Lusa

Mundo Cabo Verde

"Gostaria de salientar os esforços e os ganhos já obtidos com a nossa diplomacia. O contexto que vivemos requer uma diplomacia inteligente, audaz e capaz de dar respostas aos desafios de desenvolvimento do país", defendeu Ulisses Correia e Silva, no encerramento da primeira Conferência Anual sobre Política Externa (CAPE), na cidade da Praia.

Na sua intervenção, o chefe do Governo lembrou que Cabo Verde foi dos países mais afetados economicamente pela pandemia da covid-19, mas já vislumbra "sinais de retoma", num ano ainda marcado por incertezas e de transição.

Neste quadro, reafirmou que o país deve dar "especial atenção" ao alívio da dívida e ao financiamento climático, e voltou a pedir "foco" numa atenção especial aos pequenos Estados insulares e em desenvolvimento.

"As dimensões económicas, sociais e ambientais para o aumento da resiliência e o alcança dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) através de transformações estruturais, devem ter respaldo na nossa diplomacia de cooperação, de parceria para o desenvolvimento e económica", salientou Ulisses Correia e Silva.

Defendendo o multilateralismo, o primeiro-ministro sublinhou que a segurança é outro "ativo de alto valor" para Cabo Verde, tal como a diáspora, defendendo uma maior proximidade, assertividade e sentido de estratégico nas relações com as comunidades emigradas.

"É importante para a atração de competências e de investimentos, alargamento do mercado interno e para a notoriedade do país", sustentou.

Organizada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional, a primeira Conferência Anual da Política Externa (CAPE) foi instituída pelo Governo cabo-verdiano para discutir questões pertinentes à política externa e à diplomacia do país.

Entre as conclusões apresentadas pela secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Miryam Vieira, está a mobilização de recursos, defesa do multilateralismo, integração do país em grupos regionais e internacionais e um apelo para uma "atenção especial" aos pequenos Estados insulares.

Também recomendou uma diplomacia voltada para a ciência, conhecimento, academia, além da vertente económica e política, e uma aposta na diáspora, com a secretária de Estado a anunciar a criação de uma base de dados com associações na diáspora e mais aposta nos recursos humanos.

Na sua intervenção final, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Figueiredo Soares, disse que a CAPE cumpre com os objetivos preconizados e anunciou para breve a criação de um Instituto Diplomático, como lugar e instrumento para recolha e recuperação da memória do ministério e do património construído pela política externa cabo-verdiana.

A conferência inaugural, que aconteceu em formato híbrido (presencial e virtual), teve a abertura na terça-feira do Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves, e como um dos oradores o atual presidente da Aliança Global para as Vacinas (GAVI), Durão Barroso.

Os "Desafios da diplomacia cabo-verdiana face à pandemia de covid-19" foi o tema do evento, que teve ainda como orador convidado Courtenay Ratray, subsecretário-geral da ONU e Alto Representante para os Países Menos Avançados, Encravados e Pequenos Estados insulares em Desenvolvimento.

A conferência contou ainda com intervenções de diplomatas, políticos, o presidente da Plataforma das Organizações não-governamentais (ONG) e investigadores do país e da diáspora.

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