Presidente da Turquia pede a Moscovo que reconsidere eventual invasão

O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, exortou hoje a Rússia a não invadir a Ucrânia, pedindo a Moscovo que reexamine a situação mundial, noticiou a agência oficial turca Anadolu.

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© Reuters

Lusa
18/01/2022 14:01 ‧ 18/01/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"A Rússia deve reexaminar a situação mundial e a sua própria situação antes de dar este passo", disse Erdogan no final de uma visita à Albânia, citado pela Anadolu, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).

"Não considero a invasão russa da Ucrânia como uma abordagem realista, porque a Ucrânia não é um país vulgar. A Ucrânia é um país forte", acrescentou Erdogan.

A Rússia concentrou mais de 100.000 soldados e armamento pesado na sua fronteira com a Ucrânia nos últimos meses, suscitando o receio em Kiev e nos países ocidentais de que pretende invadir o país vizinho.

As autoridades russas negaram essa intenção e disseram sentir a Rússia em perigo com a presença de efetivos ocidentais perto das suas fronteiras.

Moscovo exigiu a retirada de mísseis da região e o não alargamento a leste da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

A crise na fronteira da Ucrânia motivou, na semana passada, conversações separadas da Rússia com os Estados Unidos, a NATO e a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE).

A Bielorrússia anunciou hoje a chegada de tropas russas ao país, em números não divulgados, para exercícios militares conjuntos "de preparação de combate" que vão decorrer em fevereiro.

Manobras que justificaram com as tensões com o Ocidente, uma vez que os esforços diplomáticos para desanuviar o conflito parecem estar num impasse.

"Esta região não aceitará outra guerra. Não seria justo", disse o Presidente turco, segundo a agência Anadolu.

"Não se pode gerir estas coisas seguindo a lógica: 'invadirei esta área, assumi-la-ei'", acrescentou Erdogan, que visitou a Albânia para inaugurar um complexo habitacional para famílias desalojadas por um terramoto em 2019.

Moscovo e Washington deverão decidir nos próximos dias o que fazer em relação às suas conversações, que não conseguiram neutralizar o risco de um novo conflito na Ucrânia.

Em 2014, na sequência da Revolução Laranja que levou ao afastamento do presidente ucraniano pró-Moscovo Viktor Yanukovych, a Rússia invadiu e anexou a península ucraniana da Crimeia.

Desde então, Moscovo tem alegadamente patrocinado uma guerrilha na região industrial de Donbass, no leste da Ucrânia, que já provocou mais de 13.000 mortos e 1,5 milhões de deslocados, segundo dados da ONU.

Leia Também: "Não há alternativa a uma relação estável entre Moscovo e Berlim"

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